A Universidade Estadual do Piauí (Uespi) realiza, nesta segunda-feira (18), às 18h, o II Sarau da Consciência Negra da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), campus Corrente, em celebração ao Mês da Consciência Negra. O evento tem como objetivo promover uma reflexão sobre a importância da cultura afro-brasileira, reunindo a comunidade acadêmica e local por meio de atividades culturais, educativas e de valorização da cultura negra.
A programação contará com oficinas de jogos africanos, a prática de tranças como símbolo da cultura negra e uma exposição literária com destaque para autores negros. Além disso, será realizada uma roda de conversa sobre o significado da Consciência Negra, abordando sua relevância para toda a sociedade.
Para reforçar a importância da data, o campus foi decorado com frases e imagens de personalidades negras que são referência no Brasil. A decoração visa celebrar as contribuições do povo negro à história do país e destacar a relevância dessa celebração. As atividades começam com a ornamentação do campus e se encerram com o sarau, que terá início às 18h.
A música terá um papel central no evento, com apresentações de músicos do campus e da cidade. “O sarau busca reunir a comunidade em torno da música, uma das maiores influências da cultura negra no Brasil”, explica a professora Maria Andréia Nunes, uma das organizadoras do evento.
Em sua reflexão, a professora Maria Andréia Nunes destaca o impacto da cultura afro-brasileira na formação da identidade nacional, criticando a hegemonia da cultura europeia, que historicamente marginalizou as contribuições da população negra. “A cultura negra, muitas vezes vista como inferior à europeia, foi fundamental na construção do Brasil”, afirma.
Ela reforça que o Brasil é fruto de uma fusão de diversas influências, sendo a cultura negra uma das mais significativas, presente na música, na linguagem, nas artes e no cotidiano do país. “A cultura afro-brasileira é essencial para nossa identidade e deve ser reconhecida não apenas no Dia da Consciência Negra, mas ao longo do ano”, defende.
Utilizando o tema do evento, Descolonizando o Pensamento, a professora propõe uma reflexão sobre a visão eurocêntrica que ainda predomina e a valorização das contribuições de outras culturas, como a negra e a indígena, na construção da sociedade brasileira. “É hora de deslocar o foco da cultura europeia e reconhecer o que realmente formou nossa sociedade”, conclui.
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