Cafés especiais vencedores do 20º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais, promovido pelo Governo de Minas , por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) , já podem ser encontrados nas gôndolas do supermercado Verdemar, em Belo Horizonte. O café é um dos itens da gastronomia que mais representa o estado e o desenvolvimento do produto em pequenas lavouras tem amplo apoio do governo, por meio de ações da empresa.
Durante o evento de lançamento dos produtos, o governador Romeu Zema destacou o protagonismo do café mineiro. Segundo ele, de cada quatro xícaras de café consumidas no mundo, uma é produzida em Minas Gerais.
“Nosso governo tem dado todo o apoio a esses agricultores. A maioria desses cafés gourmets especiais são produzidos em pequenas propriedades, e é o produtor que dá um tratamento especial na lavoura e também no procedimento de colher, fazendo com que nós tenhamos esses cafés de altíssima qualidade. Isso para o desenvolvimento de Minas é fundamental”, ressaltou Romeu Zema. | ||||
O governador destacou que, quando o agricultor é mais bem remunerado, ele investe na lavoura e amplia a contratação de mão de obra, gerando empregos e renda. “Nós entramos em um círculo virtuoso. É o que o governo tem feito, juntamente com a Emater-MG e com a Epamig, com o apoio do Verdemar”, completou.
Qualidade dos Cafés de Minas Gerais
Esse é considerado o maior e um dos mais rigorosos concursos do país, por revelar os grãos mais finos e exóticos do estado e de três regiões produtoras: Matas de Minas, Cerrado Mineiro e Sul de Minas.
A competição é uma estratégia de assistência técnica e extensão rural que promove a melhoria continua da qualidade do grão, além de valorizar a cafeicultura mineira a abrir mercados qualificados, como a parceria com o Verdemar.
Há seis anos, os grãos que obtém as maiores notas na competição são comercializados na rede de supermercados, na linha “Cafés Campeões Verdemar”.
Neste ano, 11 produtores têm cafés colocados à venda nas 16 lojas da rede. São três opções de uso para o consumidor: café torrado e moído para filtro, torrado e moído para expresso e torrado em grãos. Os produtos são da safra 2023.
Cafés Campeões
O concurso da safra 2023 contou com 1.563 amostras inscritas. Os cafés participantes passaram por análises físicas e sensoriais feitas por comissão julgadora formada por classificadores e degustadores de café. A pontuação segue as normas da Associação de Cafés Especiais (SCA), entidade internacional de referência no setor.
A produção dos cafés participantes também passa por uma avaliação socioambiental. Ações como a proteção de nascentes da propriedade, preservação de mata ciliar dos cursos d'água, entre outros, também valem pontos.
Os Cafés Campeões trazem em suas embalagens foto e história do agricultor, a nota obtida na competição, características do produto, além do selo do concurso da Emater-MG.
Os rótulos especiais são uma forma de valorizar o cafeicultor mineiro, promover o café de alta qualidade produzido no estado e aproximar o consumidor da agricultura familiar.
O grande vencedor da 20ª edição foi o agricultor Mamédio Martins dos Santos, de Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte, que conseguiu uma nota de 92 pontos.
O produtor campeão foi orientado pela Emater-MG. Há dois anos ele recebeu diagnóstico da equipe técnica, implementou um plano de ação na propriedade e cumpriu a promessa que ele mesmo fez de ganhar o concurso.
“Isso mostra o poder da assistência técnica da extensão rural, é um poder transformador junto aos produtores”, afirmou o presidente da Emater-MG, Otávio Maia.
Por se tratarem de cafés especiais, de alta qualidade, os produtores conseguiram preços bem acima da média do mercado. Mamédio comercializou, por exemplo, a saca de café por R$ 5 mil e, agora, comemora a chegada do produto nos supermercados.
As inscrições para o concurso da safra de 2024 estão abertas até o dia 6/9 e são esperadas mais de 1,5 mil amostras inscritas. A participação é gratuita.
Exportação
As exportações do café produzido em Minas somaram aproximadamente US$ 4 bilhões, com o embarque de 17 milhões de sacas, no acumulado de janeiro a julho de 2024. Na comparação com o ano anterior, o aumento da receita foi de 35,3% no valor e de 34,5% no volume.
Os principais mercados importadores registraram aumentos superiores a 19% na compra do café mineiro. Neste período, o destaque foi a Bélgica, que praticamente dobrou suas aquisições, totalizando 1,6 milhão de sacas adquiridas.
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