O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Quilombola, executado pela Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), iniciou as atividades nesta semana. A ação prevê um investimento total de R$ 1 milhão e está mudando a realidade das comunidades quilombolas que vivem da agricultura familiar no Piauí com a compra da produção dessas comunidades e distribuição simultânea para famílias em situação de vulnerabilidade.
Um dos exemplos é a comunidade Tranqueira do Cinóbi, no município de Valença do Piauí. Um total de 80 quilombolas se cadastraram no programa e disponibilizaram 314 kg de peixe tambaqui para 120 famílias em situação de vulnerabilidade social no próprio quilombo.
Para o presidente da Associação dos Moradores e Remanescentes de Quilombolas da Tranqueira do Cinóbi, José Teodoro, agora que os agricultores viram como funciona o programa, a projeção é que aumente o número de agricultores e que a produção de alimentos aumente em 100%.
“As inscrições das famílias que se cadastraram no PAA, a meta é que aumentem 100% no próximo ano com o sucesso que está sendo este ano. Foi uma ideia que deu certo, o pessoal viu que o programa existe e funciona, e acreditamos que a adesão aumentará”, detalhou o representante quilombola.
Outras comunidades quilombolas, nos municípios de Paulistana e São José do Piauí, realizaram as primeiras entregas de alimentos pelo PAA. Somados, foi feita uma distribuição de aproximadamente 10 toneladas.
O diretor de Articulação com Povos Originários e Comunidades Tradicionais da SAF, Wendel Rebouças, ressalta a variedade e qualidade de produtos cultivados pelos quilombolas beneficiados pelo PAA.
“A gente fica muito feliz ao ver essas comunidades quilombolas que receberam investimentos do Governo do Estado e dão essa resposta com enorme variedade de produtos, com uma quantidade grande de produtos”, disse o gestor.
Quem recebe os alimentos produzidos tem a segurança de receber um produto saudável. O Custódio Pereira recebeu peixes na entrega em Valença do Piauí e conta que o alimento vai incrementar nas refeições.
“O peixe chegou em boa hora. Hoje eu já não tinha carne e nem outra coisa, tinha só feijão, e agora com um peixe desse fica mais saboroso, e ainda é produzido na comunidade, a gente sabe o que está consumindo”, comemorou o morador.
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