A depressão e a ansiedade atingem mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, o transtorno afeta cerca de 18,6 milhões de indivíduos, conforme dados da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), o que corresponde a 9,3% da população. Este artigo é o resultado de pesquisa realizada visando oferecer respostas para várias questões relacionadas com a ansiedade e a depressão. Esta pesquisa implicou na análise das publicações descritas a seguir:
1. BLOG DE SAÚDE MENTAL. Entenda como ansiedade e depressão se relacionam. Disponível no website <https://www.vittude.com/blog/
O que é a ansiedade? A ansiedade tem como sua principal característica a inquietação e a preocupação constantes. A ansiedade se trata de uma reação normal diante de situações que geram dúvida, expectativa ou medo. O problema é quando a ansiedade é tão grande a ponto de se tornar um transtorno que compromete a qualidade de vida e o bem-estar do indivíduo. Quem sofre com o transtorno, pensa muito no futuro e os pensamentos tendem a ter um viés mais negativo. Nesses casos, a pessoa tende a sofrer demasiadamente com o futuro, incertezas e imprevisibilidades.
O que é a depressão? A depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente, caracterizada por uma tristeza profunda e sem fim, associada a sentimentos de baixa autoestima, culpa e desesperança. A depressão é marcada pela tristeza constante, desesperança e o desinteresse súbito por aquelas atividades que antes geravam alegria. O portador da depressão convive com o estado de humor deprimido e pessimista. Em casos mais graves, há a possibilidade de desenvolver pensamentos suicidas. É fundamental considerar que a depressão é diferente da tristeza transitória, que costuma ser provocada por acontecimentos difíceis, que fazem parte da vida, como a morte de uma pessoa próxima, a perda de emprego ou o término de um relacionamento. Diante desse tipo de situação, é normal se sentir triste, mas quem não sofre depressão é capaz de encontrar maneiras de superar as dificuldades. Já quem tem depressão convive com uma tristeza que não desaparece e, muitas vezes, não tem causa aparente. O humor permanece deprimido e desaparece o interesse por atividades que antes eram prazerosas. O quadro depressivo faz com que a pessoa sinta que não há o que possa ser feito para melhorar a sua situação, ou seja, há ausência de perspectivas positivas. A depressão provoca ainda ausência de prazer em coisas que antes faziam bem e grande oscilação de humor e pensamentos, que podem culminar em comportamentos e atos suicidas. A depressão, dependendo da gravidade, pode desencadear, também, doenças cardiovasculares, como infarto, AVC e hipertensão.
Ansiedade e depressão são transtornos mentais que podem sim estar relacionados, mas isso não é uma obrigatoriedade. É bastante frequente que a ansiedade e a depressão estejam presentes ao mesmo tempo no diagnóstico de algumas pessoas. Em certos casos, o indivíduo com depressão passa a apresentar sintomas ansiosos, e vice-versa. Quem é muito ansioso, principalmente em quadros de ansiedade crônica e incapacitante, é comum que, com o tempo, se desenvolva também um quadro depressivo decorrente do desgaste emocional e físico. A frustração causada pela ansiedade, por não se sentir bem para realizar as atividades do dia a dia e todas as limitações geradas pelo transtorno, pode ser um fator desencadeador para a depressão. No entanto, não é apenas a ansiedade que é um aspecto de risco para a depressão, pois o contrário também acontece.
A principal causa da ansiedade tem sua raiz no medo que desempenha um importante papel na sobrevivência. Quando uma pessoa se vê perante uma situação perigosa, a ansiedade desencadeia uma resposta de luta ou fuga. Além do medo, há outros fatores que contribuem para a ansiedade que é a genética do indivíduo e o ambiente hostil onde o indivíduo está inserido que podem contribuir para que uma pessoa desenvolva transtorno mental. Em síntese: medo, questão genética e ambiente hostil onde o indivíduo está inserido são as causas da ansiedade. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais muitas vezes são consequência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética.
Pelo exposto, pode-se concluir que a ansiedade tem como causas o medo, a genética do indivíduo e o ambiente hostil onde o indivíduo está inserido, enquanto a depressão tem causas provavelmente genéticas. Se o problema da ansiedade no indivíduo for o medo, é preciso que o medo seja eliminado com apoio psicológico. Se o problema da ansiedade no indivíduo tiver causas genéticas resultantes de transtorno mental, é preciso oferecer-lhe assistência psicológica/ psiquiátrica para superar a ansiedade. Se o problema da ansiedade do indivíduo for o ambiente hostil onde ele está inserido, é preciso que o ambiente onde o indivíduo está inserido seja transformado para melhor ou ele passe a viver em local onde o ambiente não lhe seja hostil. No caso de depressão, a melhor forma de evitá-la é a prevenção, cuidando da mente e do corpo do indivíduo, com alimentação saudável e prática de atividades físicas regulares. Saber lidar com o estresse e compartilhar os problemas com amigos ou familiares é outra alternativa, que pode ser aliada à prática de alguma atividade complementar, como Yoga, por exemplo. Ajudam, também, a prevenir a depressão com o indivíduo praticando a leitura, aprendendo coisas novas, tendo hobbies, viajando e se divertindo. Essas práticas mantém a cabeça do indivíduo ativa e a ocupam com pensamentos positivos. A ciência já comprovou que cuidar do corpo se reflete na saúde mental de forma positiva. Atividades físicas liberam hormônios e outras substâncias importantes para manutenção do humor. Na alimentação, receitas ou dietas recheadas de azeite de oliva, peixes, frutas, verduras e oleaginosas (nozes, castanhas etc) são o ideal para prevenir a depressão. Esses produtos são ricos em nutrientes que protegem e conservam a rede de neurônios.
Tanto a ansiedade como a depressão podem requerer estratégias que exijam a avaliação e acompanhamento psiquiátrico e psicológico. Na avaliação e acompanhamento psiquiátrico, o médico psiquiatra é o único que pode receitar medicamentos, se necessário. O uso de medicamentos, por sua vez, costuma ser recomendado em casos de sintomas graves e incapacitantes, que geram muitos prejuízos na vida da pessoa. Na avaliação e acompanhamento psicológico, o apoio psicológico contínuo é fundamental em casos de ansiedade e depressão. Os encontros com um(a) psicólogo(a) têm como objetivo auxiliar a pessoa a lidar com pensamentos disfuncionais e emoções. Além disso, é um espaço de acolhimento, no qual se pode desabafar, expressar sentimentos e aprofundar o autoconhecimento. Dessa forma, com o tempo são definidas estratégias para encarar melhor os gatilhos e sintomas das doenças. O psicólogo deveria adotar os princípios da Psicologia Positiva com base na qual será possível fazer algo mais do que resolver ou minorar perturbações psicológicas, isto é, pretende fazer os indivíduos felizes A Psicologia Positiva trabalha mais as forças do que as fraquezas do ser humano, mais a busca da felicidade do que o estudo das doenças mentais. A Psicologia Positiva é o meio através da qual as pessoas conquistariam a felicidade que, em última instância, é o principal objetivo que orienta a escolha das pessoas na vida. A Psicologia Positiva mostraria os caminhos para o indivíduo conquistar sua felicidade.
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* Fernando Alcoforado, 84, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, do IPB- Instituto Politécnico da Bahia e da Academia Baiana de Educação, engenheiro pela Escola Politécnica da UFBA e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.
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