No mundo em constante evolução da arte corporal, já foi moda as tatuagens feitas a partir de técnicas de aquarela, “blackwork” (também conhecida como “preto e cinza”) e pontilhismo. Tendência da vez, as chamadas “fine line” (linha fina, em português) estão na pele de celebridades como Rihanna, Hailey Bieber e Lewis Hamilton. No TikTok, rede social favorita da Geração Z, o termo conta com mais de 3 bilhões de visualizações.
O traço criado com apenas uma agulha – tattoos tradicionais são feitas com três ou mais – aparece adornando pequenos desenhos, muitas vezes, micro, em locais como mãos, pescoço, orelhas e rosto. Mais delicadas e atemporais, especialistas acreditam que o estilo veio para ficar.
“Vai além de uma onda, é um traço que pode se adaptar e ter vida longa”, disse Sydney Smith, tatuadora da atriz Megan Fox, ao jornal Business Insider. Além disso, especialistas acreditam que a “fine line” chegou para derrubar definitivamente o estigma de “rebelde” dos tatuados, dando um aspecto mais sofisticado à pele. “Elas se parecem com joias, adicionando um toque de graça e charme”, escreveu a tatuadora Anastasiia Koviazina em um artigo do Medium.
Não por acaso, a “fine line” é particularmente popular entre as mulheres, público que se tatua cada vez mais cedo. Segundo um estudo da Academia Americana de Dermatologia, 40% das mulheres entre 18 e 29 anos relataram ter pelo menos uma tatuagem, em comparação com 25% dos homens na mesma faixa etária.
Embora menores e mais delicadas, as micro tattoos de traço fino não são necessariamente mais baratas. Exigindo um alto nível de precisão, o estilo pede artistas especializados. “Para tatuar linhas tão finas é preciso ter mão habilidosa e um controle excepcional”, afirma o paulistano Diego Parroy, tatuador com experiência em estúdios na França, Inglaterra e Dinamarca. “Por isso o valor da tattoo é baseado na complexidade artística da obra, não necessariamente no tamanho”, explica.
Segundo Parroy, os preços elevados não costuma espantar a clientela. “Por ser um estilo mais refinado, pessoas que antes não ficavam confortáveis em exibir uma tatuagem, hoje investem em tattoos ‘fine line’ em locais visíveis, sem medo de julgamento”, comenta o tatuador, que afirma já ter adornado a pele de médicos e advogados com esse tipo de arte.
Segundo o centro de pesquisa Dalia, o Brasil ocupa a nona posição entre as nações mais tatuadas do mundo. O país tem pelo menos 30% da população tatuada, sendo que 75% possui mais de um desenho na pele, publicou a Dinamus Comunicação.
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