O governo do Acre por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), participou, nesta quinta-feira, 19, em Brasília, do encontro com o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao. A reunião foi articulada pelo senador Alan Rick e o presidente da Assembleia Legislativa do Acre, deputado Luiz Gonzaga.
O titular da Seict, Assurbanípal Mesquita, afirmou que o debate foi positivo. Entre as pautas discutidas, citou o fortalecimento do corredor interoceânico e a Ferrovia Transcontinental, além de relações comerciais entre o Acre e a China.
“O embaixador deixou muito clara a nova visão da China com relação a América Latina, vista hoje como uma extensão natural da Iniciativa Cinturão e Rota que objetiva além da relação comercial, uma cooperação mais ampla entre os países participantes como comunicação, política e cultura”, acrescentou Mesquita.
A Seict fez quórum com relação a proposta levada pelo deputado Luiz Gonzaga, do projeto de ligação do Brasil com a Ásia via Pucallpa, afirmando o interesse do governo peruano, proposta que a comitiva acreana formada ainda por empresários do setor produtivo, acredita se conectar com a rota defendida na política exterior do estado do Acre.
“O Brasil ainda não faz parte dos países que integram essa iniciativa, mas ficou para ser definida uma agenda com o embaixador para trabalharmos junto à Câmara de Comércio com a possibilidade de participação na Feira de Exportação da China e um diálogo para exportação de produtos da bioeconomia, em especial, da área de alimentos”, destacou o titular da Seict.
A exportação de carne bovina também foi um dos pedidos de apoio levado pelo presidente da Federação de Agricultura e Pecuária (Faeac) Assuero Veronêz. O senador Alan Rick, discorreu sobre a qualidade da carne produzida no Acre. A confirmação da habilitação da Indústria Fricarnes na lista de possível exportação para China foi feita pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro nesta terça-feira, 17.
O embaixador Zhu Qingqiao reconheceu a importância da rota de ligação do Brasil com a Ásia via Pucallpa, falou sobre os desafios econômicos e ambientais da obra. Zhu também sugeriu que o Acre se dedique à bioeconomia, dado o alto interesse mundial em produtos da Amazônia.
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