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Economia Corredor norte

Novos componentes apoiam fortalecimento da rota interoceânica para integrar América Latina e Ásia

Uma comissão formada por autoridades dos governos do Acre e Rondônia, representantes do governo federal do Brasil e do Peru, das assembleias legisl...

29/09/2023 às 11h45
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Secom Acre
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Foto: Reprodução/Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre

Uma comissão formada por autoridades dos governos do Acre e Rondônia, representantes do governo federal do Brasil e do Peru, das assembleias legislativas e do Senado Federal brasileiro realizou um encontro na manhã desta quinta-feira, 28, com a diretoria da Cosco Shipping, holding chinesa, e representantes da Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (Iirsa-Sul), para deliberar sobre os desafios do fortalecimento da rota interoceânica da Amazônia Ocidental.

Autoridades do Acre e Rondônia defenderam a zona de exportação e o corredor interoceânico como alternativa econômica para a Região Norte. Foto: Saltin Coquin/Federacre
Autoridades do Acre e Rondônia defenderam a zona de exportação e o corredor interoceânico como alternativa econômica para a Região Norte. Foto: Saltin Coquin/Federacre

O encontro se deu em Lima e incluiu visita técnica ao Porto de Chancay. A empresa chinesa e a Iirsa-Sul passaram a integrar o movimento de fortalecimento da rota interoceânica para integração entre os países da América Latina e da Ásia, buscando vantagens competitivas para os principais exportadores.

O gerente adjunto da Cosco Shipping, Carlos Tajeda Mera, apresentou as vantagens técnicas do chamado “corredor norte”, que liga o Acre a Ilo e Matarani, no Peru. A rota tem infraestrutura pavimentada em toda sua extensão. A corredor começa na BR-364, em Porto Velho (RO), e no Acre continua pela BR-317, passando por Rio Branco e seguindo até a tríplice fronteira com a Bolívia e o Peru.

Em território peruano, a Estrada do Pacífico segue em duas rotas, uma em direção ao Porto de San Juan de Marcona, pela rodovia PE-030, passando por Nazca e Cuzco. A outra rota segue pelo Lago Titicaca, em direção ao Porto de Matarani, pela PE-034, e ao porto de Ilo, pela PE-036.

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Zona de Exportação do Acre se apresenta como atrativo para exportações e importações de produtos brasileiros, do Peru e da Ásia. Foto: Saltin Coquin/Federacre
Zona de Exportação do Acre se apresenta como atrativo para exportações e importações de produtos brasileiros, do Peru e da Ásia. Foto: Saltin Coquin/Federacre

O secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre, Assurbanípal Mesquita, apresentou o projeto da Zona de Processamento e Exportação (ZPE), que, com as mudanças na lei federal, tornou-se um forte atrativo para empresários do mundo todo.

E acrescentou: “O Acre ocupa uma posição estratégica, com uma rodovia pronta, que oferece menor tempo e mais economia para chegar à Ásia. Lógico que temos desafios a serem vencidos, mas são agendas que o governador Gladson Cameli tem trabalhado junto ao governo federal e, até 2024, temos a esperança de vencer os principais embaraços, tornando esse corredor grande potência econômica para o Acre, Rondônia e Mato Grosso”.

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Autoridades do Acre e Rondônia visitaram os principais canteiros de obras do Porto de Chancay. Foto: Saltin Coquin/Federacre
Autoridades do Acre e Rondônia visitaram os principais canteiros de obras do Porto de Chancay. Foto: Saltin Coquin/Federacre

A reunião técnica contou ainda com a presença do presidente da Assembleia Legislativa do Acre, deputado Luiz Gonzaga; da presidente da Agência de Negócios do Acre (Anac), Waleska Bezerra; do titular da Secretaria da Fazenda (Sefaz), Clovis Gomes; do presidente da Federação da Indústria do Acre (Fieac), José Adriano Ribeiro; do governador de Rondônia, Marcos Rocha; do superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Paulo Trindade; da superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Alessandra Ferraz; do senador Sérgio Petecão e de representantes do Ministério dos Transportes peruano.

O que disseram

“Quero ampliar esses laços e fortalecer a atenção ao Pacífico, trabalhando com o Acre, além do Amazonas e Mato Grosso; tem mercado para todos. Eu olho para o mapa do Brasil pensando em todos.”

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Marcos Rocha, governador de Rondônia

“É importante agradecer à Embaixada do Brasil no Peru, que foi fundamental para a construção de todas essas agendas. O debate de fortalecimento da rota interoceânica acontece em paralelo às prospecções feitas pelos empresários acreanos na Expoalimentaria. Com certeza, essa foi uma semana produtiva para a economia dos estados do Acre e Rondônia.”

Waleska Bezerra, presidente da Anac

“A China não faz investimento no Peru olhando somente para esta região [o Peru]. Isso nos motiva para outras etapas, temos desafios que precisam ser vencidos. Há dez anos essa pauta de exportação era ficção, hoje é realidade. O setor produtivo e empresarial vê esse projeto olhando para três décadas à frente, portanto, as propostas de investimento do Estado do Acre precisam estar nos orçamentos vindouros, para que possamos estar inseridos no cenário internacional.”

José Adriano Ribeiro, presidente da Fieac

“Esta foi uma semana positiva para a economia do Acre, e o Parlamento estará sempre à disposição para debater este cenário que visa ao nosso futuro. Agora é tratar de sanar os gargalos ainda existentes, buscando apoio da bancada federal, para que a rota que passa pelo Acre seja de fato a saída mais viável para o Pacífico.”

Luiz Gonzaga, presidente da Assembleia Legislativa do Acre

“Saio desse encontro muito satisfeito, vendo o tamanho do investimento chinês, que chegará aos U$ 4 bilhões. Me coloco à disposição para buscar as soluções, junto ao governo federal, para as questões aduaneiras colocadas como entraves a esse desenvolvimento. A China e o Peru estão fazendo a parte deles, precisamos fazer a nossa.”

Sérgio Petecão, senador da República

“O governo do presidente Lula tem a intenção de estreitar a relação comercial com o Peru, e essa é uma pauta que interessa diretamente à agricultura familiar, impulsionada nesta nova gestão. A Conab se insere nesse contexto a partir do momento em que a agricultura se fortalece. Queremos contribuir com o desenvolvimento do Brasil e especialmente do Acre, que será a aduana de entrada e saída de produtos agrícolas.”

Alessandra Ferraz, superintendente da Conab

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