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Estudantes superam limites em busca de representar Minas na etapa nacional dos Jogos Escolares

Jovens atletas receberam a visita do governador; final do Jemg 2023 reúne 6,4 mil alunos de todo o estado em Uberaba, no Triângulo Mineiro

06/08/2023 às 18h55
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Secom Minas Gerais
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Dirceu Aurélio / Imprensa MG
Dirceu Aurélio / Imprensa MG

Alunos de diversas regiões do estado se reuniram em Uberaba, no Triângulo Mineiro, para disputa da etapa estadual dos Jogos Escolares de Minas Gerais (Jemg) , que termina neste domingo (6/8). Cerca de 6,4 mil estudantes de 12 a 17 anos, representando mais de 270 municípios mineiros, competem na edição dos jogos em 2023, buscando classificação para representar Minas no torneio nacional. Esta é a maior edição dos jogos realizados no estado.

No sábado (5/8), o governador Romeu Zema esteve em Uberaba para acompanhar parte dos jogos. Ele visitou a Escola Estadual São Benedito, que está sendo utilizada como alojamentos por cerca de 400 alunos. No local, ele tomou café da manhã com os atletas e conversou com os jovens sobre a competição.

Na sequência, ele acompanhou as semifinais do vôlei, realizadas no Clube Uirapuru, também em Uberaba. O governador deu o apito inicial da partida entre os alunos de Belo Horizonte e Salto da Divisa. Na oportunidade, o chefe do Executivo parabenizou a realização dos jogos e destacou que o programa abre portas para os alunos.

“É uma satisfação estar em Uberaba neste sábado participando do penúltimo dia deste evento importantíssimo, que faz com que alunos da rede estadual fiquem mais comprometidos, participativos e tenham oportunidade de viajar e conhecer outros locais, fortalecendo vínculos com a rede de ensino estadual. Conversei com jovens atletas que estão muito satisfeitos, voltando para casa com suas medalhas. E em breve eles participarão da etapa nacional representando o estado. Isso provoca os alunos para que eles possam seguir na vida esportiva, e o Jemg abre esse caminho”, disse o governador.

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Para Romeu Zema, o esporte complementa a educação em sala de aula já que, para se destacar, é preciso assumir o compromisso de treinamento, disciplina, educação e trabalho em equipe. “Esporte é vida, disciplina e cidadania. E aqui os alunos podem desenvolver essas habilidades. O Jemg é um sucesso total, com participação feminina marcante e também dos paratletas. Esse programa é o Estado de Minas Gerais proporcionando aos alunos essa alternativa que complementa a educação formal e ajuda no desenvolvimento pessoal”, acrescentou.

Dirceu Aurélio / Imprensa MG
Dirceu Aurélio / Imprensa MG

Desafios e vitórias

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Os estudantes competem em várias modalidades, como atletismo, basquete, vôlei e outras. O programa incentiva a prática de esporte no ambiente escolar, aumentando o vínculo do estudante com a escola, contribuindo para a diminuição da evasão escolar e aperfeiçoando habilidades indispensáveis ao processo de formação e desenvolvimento através da prática desportiva. Além disso, alguns alunos também contam com histórias de superação para competir e vencer.

É o caso de Maria Catarina Maciel Santos, de 15 anos, aluna da Escola Estadual Professor Juventino Nunes, de São João do Manhuaçu, na Zona da Mata, competidora do ciclismo módulo dois. Por conta de uma condição de saúde, ela ficou impossibilitada de andar. No entanto, buscou no esporte a recuperação.

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“Minha relação com a bicicleta é de superação. Eu não desisto fácil. Quando eu recomecei a andar, há um tempo atrás, criei forças para continuar. Depois disso, desistir não foi opção. Me esforço cada dia mais para alcançar esse objetivo na minha vida. Foi muito cansativo, mas ao mesmo tempo gratificante ganhar uma medalha depois de tudo que passei. Participar do Jemg foi uma oportunidade incrível, pois me abri mais, me tornando uma pessoa melhor. Ano que vem pretendo voltar e conseguir medalha melhor”, contou.

Quem também venceu limites para competir e ganhar nos jogos foi a jovem atleta Júlia Gabriele Braz, de 17 anos, da cidade de Oratórios, também na Zona da Mata. Aos 11 anos, ela começou a competir no atletismo por incentivo de um primo que veio a falecer. Desde então, usou o esporte para superar a perda do familiar. “Vou continuar competindo em homenagem a ele. Eu passei por uma depressão e o esporte fez com que eu mudasse totalmente meus pensamentos e focasse em algo melhor para minha vida, que vai me ajudar, trazer novos amigos, conhecer lugares e viver momentos incríveis como este”, disse.

Este é o terceiro e último ano da jovem na competição. Neste ano ela conseguiu alcançar a premiação máxima. “Meu primeiro ano foi de nervosismo, mas tive o apoio de muita gente. Contei com a ajuda do treinador e amigos e fiz uma boa prova. Depois de três anos lutando, consegui minha primeira medalha de ouro. É uma sensação incrível conquistar o ouro hoje. Todas as memórias passaram pela minha cabeça, valeu a pena demais”, acrescentou.

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