A criação da Força-Tarefa das Mulheres para o Clima e Florestas (Governors’ Climate and Forests – GCF – Task Force) foi formalizada na noite da quinta-feira, 9, na 13ª Reunião Anual realizada em Mérida, no México, com a adesão do Estado do Acre, representado pela secretária de Meio Ambiente e das Políticas Indígenas e presidente do Fórum de Secretários de Meio Ambiente da Amazônia Legal, Julie Messias; a assessora especial indígena, Francisca Arara e a diretora técnica da Companhia de Desenvolvimento de Serviços Ambientais (CDSA), Rosangela Benjamim. Elas passam a compor a Força-Tarefa membros-delegados.
A iniciativa tem como meta formar uma rede estadual, regional e global para promover a equidade de gênero e criar agendas de gênero que fortaleçam o importante trabalho florestal e climático prestado por milhares de mulheres pelo mundo.
Na quarta-feira, 8, o governador Gladson Cameli, que lidera a comitiva acreana no evento, foi favorável a iniciativa e incentivou as mulheres a assumirem o protagonismo nas questões ambientais e do clima.
Ainda na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP27, em Sharm El-Sheikh, no Egito, a ala feminina da comitiva do Acre foi convidada a participar de reunião para retomada da criação da Força-Tarefa. Elas firmaram o compromisso de engajar outras mulheres pelo mundo.
“Reconhecemos que a diversidade de vozes e as inúmeras experiências são essenciais para fortalecer nosso trabalho individual e coletivo. Buscamos desenvolver este trabalho e promover o protagonismo das mulheres na pauta climática. Aproveitamos esse momento para convocar os governadores da Força-Tarefa do GCF, secretários e especialistas técnicos, e as principais partes interessadas de nossa rede global a se unirem a nós neste esforço”, afirmou Colleen Lyons, diretora de Projeto do GCF Task Force.
A assessora especial Indígena, Francisca Arara, que também preside o Comitê Global para Povos Indígenas do GCF/Brasil, destaca o protagonismo da mulher indígena nos espaços estratégicos e de debates da agenda climática.
“É muito importante a participação de gênero na Força-Tarefa. Nós mulheres indígenas participamos de forma ativa direta e indiretamente nas recomendações das políticas de estratégias de combate ao desmatamento, desenvolvimento sustentável, governança e transparência para que os projetos sejam bem sucedidos e tenham sucesso no nossos estados e subnacionais”, destaca Francisca Arara, que também é conselheira titular da CDSA.
A diretora técnica da CDSA, Rosângela Benjamim, membro-efetivo da iniciativa ressalta a importância para o fortalecimento e inclusão de gênero na pauta climática.
“A política de gênero no GCF é uma vitória e ao mesmo tempo um reconhecimento pela contribuição de mulheres para o desenvolvimento de ações pelas florestas e combate às mudanças climáticas convergindo para uma cultura de paz, direitos humanos e desenvolvimento sustentável para todos os povos”, Rosangela Benjamim.
A Força-Tarefa das Mulheres para o Clima e Florestas se compromete a desenvolver atividades políticas e práticas, específicas para promoção da equidade de gênero dentro do espaço florestal e climático; definir normas e práticas internas que consideram o gênero dentro da política de governança do GCF; ofertar treinamento e capacitação em questões relacionadas a gênero para delegados, secretários e partes interessadas; estimular a liderança e empoderamento para avançar aproveitando a experiência das mulheres no governo, jovens e mulheres em comunidades ligadas às florestas e criar um grupo de trabalho interno para promover agendas nos estados membros e províncias, e rede global nas reuniões anuais da Força Tarefa do GCF e Conferências das Partes (COPs) da ONU, entre outras iniciativas.
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