No México, governador ressalta que povos tradicionais que realmente protegem a Amazônia são tratados como invisíveis
Ogovernador Wilson Lima, ao encerrar a participação da delegação do Amazonas na13ª Reunião Anual da Força-Tarefa de Governadores para o Clima e Florestas,em Yucatán, México, destacou a importância dos estados e províncias, que integram o grupo, de encontrarem alternativas para levar o desenvolvimento até àqueles que vivem na floresta.
A 13ª reunião teve início na terça-feira (07/02) e encerrou nesta sexta-feira (10/02). A força-tarefa é composta por 43 estados e províncias, de 10 diferentes países. Juntos, eles detêm cerca de um terço das florestas tropicais do mundo. Essa união é considerada a maior aliança subnacional de meio ambiente.
“Aproveito para colocar o estado do Amazonas à disposição do GCF para que a gente possa ir evoluindo e encontrando outros caminhos, outras modelagens, para que a gente possa, primeiro, dar o mínimo e o básico para as nossas populações”, destacou o governador.
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Wilson Lima defende que o caboclo e o ribeirinho são os maiores defensores da preservação da floresta e não podem ser tratados como invisíveis. Para reconhecer a atuação das populações tradicionais, o governador criou o Guardiões da Floresta, o maior programa de pagamento por serviços ambientais, apresentado pelo Amazonas durante a reunião do GCF.
“É interessante ter essa troca de experiências e entender a realidade de cada estado para que a gente possa evoluir em entregas que são objetivas, em entregas que possam fazer a diferença na vida de quem tanto precisa, daquela pessoa que mora lá na floresta”, concluiu Wilson Lima.
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Antes do governador de Yucatán, no México, Mauricio Vila Dosal, anfitrião da 13ª reunião, presidir o grupo, a iniciativa era chefiada pelo governador Wilson Lima, no período de 2020 a 2022.
Para o Governo do Amazonas, a 13ª reunião é uma oportunidade para a captação de novos investimentos. Durante o encontro, Wilson Lima e os demais membros do GCF assinaram um novo memorando de entendimento para a construção da câmara de comércio de bioeconomia, que terá sede em Miami.
A criação dessa câmara é um desdobramento do acordo de cooperação firmado com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (United States Agency for International Development), a USAID, durante a 12ª reunião do GCF, realizada em Manaus em 2022.
“Essa iniciativa é determinante para alavancar aquilo que nos comprometemos no Plano de Ação de Manaus: conservar o meio ambiente, na medida em que também avançamos em desenvolvimento social e econômico, em especial, para os povos tradicionais da floresta. Estamos falando de conservação, mas também, e mais importante, de Justiça Climática”, destacou o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, que também esteve no encontro.
No documento, assinado na reunião em Yucatán, nesta semana, os estados membros do GCF se comprometem a encorajar investimentos e a criação de empregos associados ao desenvolvimento da bioeconomia, bem como a explorar mecanismos de financiamento para aumentar o diálogo nacional e internacional sobre medidas para alavancar o setor.
A 13ª reunião também foi uma oportunidade de apresentar, na prática, o que o Amazonas tem realizado para implementar o Plano de Ação de Manaus – o Manaus Action Plan (MAP). O documento é o principal norteador das ações da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas e está dividido em quatro eixos principais: pessoas e comunidades; conhecimento, tecnologia e inovação; financiamento, investimento e setor privado; e governo e políticas públicas.
Além do Guardiões da Floresta, que é destinado a 14 mil famílias de 28 Unidades de Conservação Estaduais, atualmente, o governador também destacou que o Estado tem realizado diagnósticos em 15 Unidades de Conservação, por meio do Projeto Consolidando, para identificar as cadeias produtivas pujantes nas áreas protegidas, a fim de desenvolvê-las, tendo os povos tradicionais à frente das iniciativas.
Na reunião deste ano, o governador Wilson Lima também anunciou a construção de três unidades do projeto Escolas da Floresta em Unidades de Conservação do Estado, voltadas ao ensino do desenvolvimento sustentável e da Educação Ambiental para formação de novas lideranças. As Unidades serão projetadas para ter um baixo impacto ambiental. A ordem de serviço para início da construção das unidades será dada nesta semana.
Wilson Lima lançou, ainda, o primeiro Atlas de Acordos de Pesca Regulamentados no Amazonas que condensa as informações e mapas de 34 áreas ordenadas, com foco no manejo de pirarucu, potencialização do turismo de pesca esportiva, conservação do meio ambiente, pesca ornamental, entre outras finalidades.
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