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Na Câmara e no Senado, PL elege o maior número de parlamentares

Saiba como está até o momento a composição de forças nas duas Casas

03/10/2022 às 15h05
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Agência Brasil
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© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

As eleições deste ano trarão, a partir de 1° de janeiro de 2023, uma nova configuração de forças na Câmara dos Deputados e no Senado. O Partido Liberal, do presidente Jair Bolsonaro, saiu fortalecido da disputa com aumento expressivo de cadeiras.

Dos 513 assentos de deputados, a sigla terá 99. Já a Federação Brasil da Esperança, da qual fazem parte PT, PCdoB e PV, terá a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, com 80 parlamentares. Em terceiro lugar está o União Brasil, com 59 deputados, seguido do PP que elegeu 47. O MDB e PSD garantiram 42 deputados cada e o Republicanos, 41.

Ainda na Câmara, o desempenho de partidos tradicionais como o PSDB - federado com o Cidadania - foi modesto com a conquista de 18 cadeiras. Também com desempenho tímido, PDT e PSB, elegeram, respectivamente, 17 e 14 deputados no pleito.

Senado

Assim como na Câmara, no Senado o PL desbancou o MDB que há mais de três décadas era o maior partido da Casa e foi o maior vitorioso nas urnas. Dos 27 senadores eleitos, o PL elegeu oito, o dobro dos eleitos pelo PT, de Luiz Inácio Lula da Silva, que emplacou quatro.

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Com esse resultado, o partido de Bolsonaro começará a próxima legislatura, caso não haja mudanças, com 14 senadores.

Outros partidos

O União Brasil, fundado a partir da junção do Democratas e do Partido Social Liberal (PSL), garantiu cinco assentos no Senado e em 2023 terá 12 senadores. Já os petistas terão nove representantes e ficarão atrás do PSD que terá 10 e do MDB que perdeu 3 assentos e também sai do pleito com 10 senadores.

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Entre os emedebistas que disputaram uma vaga na Casa, apenas Renan Filho (MDB), de Alagoas, foi eleito.

Apesar do resultado de ontem, no Senado a situação ainda está indefinida para cinco senadores que disputam o segundo turno de governos estaduais. É o caso de Jorginho Mello (PL-SC), Rogério Carvalho (PT-SE), Marcos Rogério (PL-RO), Eduardo Braga (MDB-AM) e Rodrigo cunha (União-AL). Todos eles têm mandatos na Casa até 2027, por isso, caso não sejam eleitos para o governo, poderão voltar ao Senado.

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Impactos

O tamanho das bancadas tem impacto direto no funcionamento do Congresso. Isso porque as presidências das comissões da Câmara e do Senado, por onde passam as propostas legislativas, são definidas a partir da proporcionalidade partidária.

O mesmo ocorre com as vagas na Mesa Diretora das duas Casas. Na prática, os partidos ou blocos que elegem mais nomes também ganham prioridade para ocupar cargos mais importantes.

O desenho da nova composição também influencia na governabilidade do próximo presidente da República que terá que buscar apoio dos partidos para votar reformas e pautas que considerar prioritárias em seu mandato. Outra consequência é vista na divisão dos recursos do Fundo Partidário feita entre os partidos de acordo com a votação para deputado federal.

Recursos

Em razão de eventuais recursos decididos pela Justiça Eleitoral como ações sobre abuso do poder econômico e político nas eleições, ou se o candidato registrado de fato tem todos os requisitos para exercer o cargo, os resultados finais ainda poderão ser alterados.

Veja como ficou a composição na Câmara dos Deputados:

  • PL – 99
  • Federação Brasil (PT/PV/PCdoB) – 80
  • União Brasil – 59
  • PP – 47
  • MDB – 42
  • PSD – 42
  • Republicanos – 41
  • Federação PSDB/Cidadania – 18
  • PDT – 17
  • Federação Rede/PSOL – 14
  • Podemos – 12
  • Outros partidos – 28

Confira quem são os 27 senadores eleitos:

  • Acre: Alan Rick (União Brasil)
  • Alagoas: Renan Filho (MDB)
  • Amapá: Davi Alcolumbre (União Brasil)
  • Amazonas: Omar Aziz (PSD)
  • Bahia: Otto Alencar (PSD)
  • Ceará: Camilo Santana (PT)
  • Distrito Federal: Damares Alves (Republicanos)
  • Espírito Santo: Magno Malta (PL)
  • Goiás: Wilder Morais (PL)
  • Maranhão: Flávio Dino (PSB)
  • Mato Grosso: Wellington Fagundes (PL)
  • Mato Grosso do Sul: Tereza Cristina (PP)
  • Minas Gerais: Cleitinho (PSC)
  • Pará: Beto Faro (PT)
  • Paraíba: Efraim Filho (União Brasil)
  • Paraná: Sergio Moro (União Brasil)
  • Piauí: Wellington Dias (PT)
  • Pernambuco: Teresa Leitão (PT)
  • Rio de Janeiro: Romário (PL)
  • Rio Grande do Norte: Rogério Marinho (PL)
  • Rio Grande do Sul: Hamilton Mourão (Republicanos)
  • Rondônia: Jaime Bagattoli (PL)
  • Roraima: Hiran Gonçalves (PP)
  • Santa Catarina: Jorge Seif (PL)
  • São Paulo: Marcos Pontes (PL)
  • Sergipe: Laércio (PP)
  • Tocantins: Dorinha (União Brasil)

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