O cientista político terá como vice-presidente o deputado federal Tiago Mitraud (Novo-MG).
Esta é a segunda participação do partido em uma eleição presidencial. Em 2018, o Novo concorreu com o até então presidente da sigla, João Amoedo, que terminou a corrida eleitoral em quinto lugar com 2,5% dos votos.
Para as eleições de 2022, Luiz Felipe D’Ávila traz como propostas em seu programa de governo cinco pontos principais: abertura do mercado de maneira unilateral, preservação do meio ambiente, investimento em educação básica, melhoria da gestão pública e erradicação da miséria extrema no país.
O candidato é defensor de uma agenda liberal, e se eleito presidente promete privatizar todas as empresas estatais, tendo como ponto inicial em seu plano a Petrobras.
Ele é autor de livros de história e de política. Entre as obras, destacam-se “O Crepúsculo de uma Era”, “Dona Veridiana: A trajetória de uma dinastia paulista”, “Os Virtuosos”, “Caráter e Liderança: Nove Estadistas que Construíram a Democracia Brasileira”, “Cosimo de Medici — Memórias de um Líder Renascentista” e os “10 Mandamentos: Do País que Somos para o Brasil que Queremos”.
É casado com Ana Maria Diniz, filha do empresário Abílio Diniz, com quem tem dois filhos, Andrea e João Luís. D’Avila costuma dizer que preza pelo conhecimento e que a população deve saber a história do próprio país. Como outros políticos brasileiros, a história da família do candidato do Novo representa, em certa medida, a história do Brasil. Ele é filho de Aluízio D’Avila e de Maria Christina Pacheco Chaves.
Sua mãe é filha do deputado federal João Pacheco e Chaves, quadro histórico do MDB que atuou para que o café se tornasse o principal produto brasileiro de exportação, quando foi presidente do Instituto Brasileiro do Café (IBC). Na política, o avô do candidato atuou na Comissão de Agricultura e Política Rural da Câmara dos Deputados.
João Pacheco e Chaves é filho de Jorge Pacheco e Chaves, bisavô de D’Avila. Jorge, por sua vez, é filho de Elias Antônio Pacheco e Chaves, trisavô de D’Avila. Elias era fazendeiro de café importante da República Velha e foi vice-prefeito da ainda província de São Paulo por duas vezes, nomeado por carta imperial. Neste cargo, trabalhou na defesa de políticas conservadoras.
Junto de seu cunhado, Antônio da Silva Prado, Elias fundou uma das principais empresas exportadoras de café do Brasil, a Companhia Prado e Chaves. Era dele também o Palácio dos Campos Elíseos, no centro da capital paulista, cuja arquitetura demonstra como vivia a classe dominante da época, sob influência europeia.
O candidato do Novo também é irmão do deputado estadual de São Paulo Frederico D'Avila, do Partido Liberal, o mesmo que abriga o presidente Jair Bolsonaro. Vice-presidente da Aprosoja Brasil, foi eleito “com a força do setor da agricultura e com o apoio da população do sul e do sudoeste paulista”.
O caminho extenso pela árvore genealógica do empresário demonstra que ele pertence a uma família que representa fidedignamente parte da estrutura do país: donos de terras que exportam produtos brasileiros e que atuam, ao mesmo tempo, na política.
“A agricultura do Brasil precisa voltar a ser a mais competitiva do mundo. E conciliar meio ambiente com agronegócio é o caminho para atrair investimentos, gerar empregos, desenvolver as regiões mais pobres e impulsionar a nossa economia”, publicou recentemente em seu perfil no Instagram.
Ficha do candidato.
Nome: Luiz Felipe d’Ávila.
Vice: Mitraud (Novo-MG).
Partido: Novo.
Idade: 59 anos.
Data de nascimento: 24 de agosto de 1963.
Ocupação: Cientista político.
Grau de Instrução: Superior completo.
Estado Civil: Casado.
Município de nascimento: São Paulo (SP).
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