Promovido pela Rede Mundial de Empreendedorismo Étnico (EMUNDE), em parceria com a Prefeitura de Lauro de Freitas, Governo do Estado, IFBA, universidades, organizações da sociedade civil e outros, o Contea marca a apresentação de todas as Rotas de Turismo Étnico Afro da Bahia e visa articulações (inter)nacionais para a promoção e visibilidade do setor, como ferramenta de oportunidades e desenvolvimento para povos e suas comunidades.
A prefeita Moema Gramacho abriu a primeira mesa do Congresso com reflexões sobre o desenvolvimento do afroempreendedorismo. “É uma satisfação para Lauro de Freitas fazer parte desse evento. Uma cidade com 80% de sua população negra, aberta para o turismo desde a sua história, cultura, esporte, gastronomia e hotelaria. Lauro oferece todas essas condições e nos faz sentirmos compromissados com a questão do turismo étnico local”, ressaltou.
A gestora ainda destacou que o município tem uma Secretaria de Cultura e Turismo situada no Terminal Turístico Mãe Mirinha de Portão, o que possibilita trabalhar a questão afro a partir de sua própria sede. No terminal, ainda existe o Auditório Abdias do Nascimento, sendo uma expressão da cultura afro-brasileira. Além de ter cerca de 400 terreiros de candomblé registrados, Lauro é uma das maiores concentrações de praticantes da capoeira.
Entre representantes da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), da UNEB, do IFBA e do SEBRAE, na mesa de abertura, a secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Fabya Reis, reforçou que todas as instâncias de poderes devem olhar para as ações de empreendedorismo com o intuito de ampliar a divulgação da comunidade negra, para o desenvolvimento do turismo étnico afro da Bahia, ainda dentro do contexto de pandemia.
“O turismo étnico afro não é mais uma oportunidade de tirar negros e negras de dificuldades com oportunidades, é uma forma de reforçar a autoestima, de representar a Bahia, e de pertencimento do povo baiano. Precisamos investir para dar condição de capacitação, de políticas públicas que gerem renda e deem visibilidade a iniciativas que revelam a potência do povo negro baiano”, frisou Reis.
Também presente, o secretário estadual de Turismo (Setur), Maurício Bacelar, refletiu o quanto a atividade turística foi afetada pela pandemia. “O Governo do Estado não ficou parado e se debruçou num planejamento para a retomada da atividade turística. Criamos um plano denominado ‘Viva Turismo Bahia’, baseado em quatro eixos: da biossegurança sanitária; capacitação, qualificação de mão de obra; obras estruturantes na área turísticas; e promoção do destino Bahia”, relatou com direcionamentos para o turismo étnico afro.
A programação do III Congresso Internacional de Turismo Étnico Afro da Bahia está sendo transmitida na TV IFBA (https://www.youtube.com/c/
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