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Direitos Humanos Ameaçados

Forbidden Stories lança ferramenta para armazenar investigações de jornalistas ameaçados.

O consórcio Forbidden Stories lançou, neste Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (3.mai.2022), uma iniciativa para dar continuidade ao trabalho de jornalistas mortos, ameaçados ou presos.

03/05/2022 às 20h24
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: https://www.abraji.org.br/
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O curso foi acompanhado por Angelina Nunes, ex-presidente da Abraji e que hoje coordena o Programa Tim Lopes. Foto: abraji.org.br
O curso foi acompanhado por Angelina Nunes, ex-presidente da Abraji e que hoje coordena o Programa Tim Lopes. Foto: abraji.org.br

A organização divulgou oficialmente a SafeBox, ferramenta que permite a repórteres proteger suas apurações sensíveis de forma digital e segura. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) é parceira na difusão do projeto no Brasil.

A ideia é manter, de forma gratuita, os dados coletados por repórteres investigativos numa rede internacional. Se o profissional ameaçado for sequestrado, preso ou até assassinado, a rede de jornalistas da Forbidden Stories continuará a reportagem, que vai ser publicada em diversos países. “Proteger, continuar e publicar. A SafeBox complementa a missão do Forbidden Stories de agir antes que as ameaças de jornalistas resultem em crimes”, destaca a organização. 

O consórcio afirma que a SafeBox tem um objetivo real: dissuadir inimigos da imprensa em seus ataques contra os jornalistas. “O que eles esperam silenciar poderá ser exposto mundialmente. Matar o mensageiro não matará a mensagem”, sublinha o consórcio.

Em março de 2022, o projeto promoveu um workshop em São Paulo para ajudar jornalistas da América Latina a salvarem seus dados na SafeBox. O curso foi acompanhado por Angelina Nunes, ex-presidente da Abraji e que hoje coordena o Programa Tim Lopes. No entanto, o lançamento internacional da ferramenta aconteceu durante o segundo dia da Conferência Global do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, promovida pela UNESCO em Punta Del Este, no Uruguai. Cristina Zahar, secretária executiva da Abraji, participa da sessão de lançamento como palestrante.

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Jornalistas em perigo, que atuam em qualquer região e em qualquer idioma, podem entrar na rede. Mas é importante ressaltar que a ferramenta não protege os profissionais de ataques físicos.

Para a primeira avaliação da equipe do projeto, é necessário enviar documentos, vídeos, fotos, entrevistas, transcrições e rascunhos de matérias. Também é preciso enviar evidências de que a pessoa está sendo ameaçada e instruções de como prosseguir na investigação e publicação. “Mas submeter esses dados não significa que necessariamente a Forbidden Stories vai seguir adiante, pois manteremos nossa independência editorial”, informa o comunicado enviado à Abraji. O email de contato é: newsroom@freedomvoicesnetwork.org.

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Consórcio colaborativo

O Forbidden Stories, fundado em 2017 pelo jornalista francês Laurent Richard, não tem fins lucrativos. Nos últimos anos, construiu ou coordenou, com apoio de 60 parceiros de mídia de 49 países de cinco continentes, projetos de jornalismo colaborativo premiados. O último mostrou que milhares de pessoas, incluindo  repórteres, editores e ativistas, foram espionados pelo programa Pegasus, adotado por governos de vários países.

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Texto originalmente publicado no site da Abraji 

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