O Desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial, promovido pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Semcult), em parceria com as Escolas de Samba Associadas (ESA), encantou cerca de 15 mil foliões que lotaram as arquibancadas do Complexo Aldeia Amazônica David Miguel, no bairro da Pedreira, em Belém (PA). A energia vibrante e a emoção do público embalaram a festa, que se estendeu até o final da madrugada de sábado, 15.
Era por volta de 1h30 quando a passarela do samba abriu alas para o desfile da escolaGrêmio Recreativo Cultural e Carnavalesco Deixa Falar, do bairro da Cidade Velha, a quinta colocada no Carnaval do ano passado. Em busca do título de 2025, a agremiação trouxe à avenida o samba-enredo"O Sonho Virou Realidade: Uma Gota de Amor para Salvar a Criação".
O presidente da Deixa Falar, Douglas Mendes, explicou que o enredo aborda as religiões de matriz africana e os grandes desafios enfrentados pelo mundo, com destaque para a preservação da Amazônia. “Nossos orixás são oriundos da natureza, e com a intervenção deles, temos esperança de que a união e o amor salvarão a criação”, afirmou.
Com essa mensagem de fé e resistência, a escola sonha em voltar ao topo, após seu último título conquistado em 2017. “Estamos nos preparando desde setembro do ano passado. Carnaval é isso: dedicação, emoção e fé. E isso temos de sobra! Nossos orixás vão nos ajudar nessa conquista”, completou Douglas.
O entusiasmo da escola também foi refletido nos seus integrantes. A madrinha de bateria, Gleise Silva, mostrou carisma, simpatia e muito samba no pé ao som da batucada. “Vou dar minha contribuição para a Deixa Falar brilhar na avenida. Como alguém que cultua as religiões de matriz africana, entro na passarela com energia e determinação. Vou dar o sangue pelo nosso desfile”, destacou.
A empolgação da Deixa Falar não tem idade. Um exemplo disso é Milton Leopoldino, integrante da bateria da escola. Aos 86 anos, ele mantém o mesmo entusiasmo de sempre, desfilando há mais de 30 anos pela agremiação. “Carnaval é alegria! Por isso, me sinto rejuvenescido na avenida tocando bateria pela minha escola”, afirmou emocionado.
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