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TJAC e Iapen concluem curso de Justiça Restaurativa no presídio feminino de Rio Branco

Com intuito de inserir a cultura de paz entre as mulheres privadas de liberdade, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), em par...

01/02/2025 às 14h08
Por: Redação Fonte: Secom Acre
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Foto: Reprodução/Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre

Com intuito de inserir a cultura de paz entre as mulheres privadas de liberdade, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), em parceria com o Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC), disponibilizaram um curso de Justiça Restaurativa para 30 detentas, que durou duas semanas na Divisão de Estabelecimento Penal Feminino de Rio Branco, e se encerrou nesta sexta-feira, 31, com uma solenidade.

Curso de Justiça Restaurativa visa trazer comunicação não violenta e espaço para escuta e diálogo dentro do ambiente prisional. Foto: Isabelle Nascimento/Iapen
Curso de Justiça Restaurativa visa trazer comunicação não violenta e espaço para escuta e diálogo dentro do ambiente prisional. Foto: Isabelle Nascimento/Iapen

A Justiça Restaurativa tem como objetivo inserir a cultura de paz dentro do sistema prisional, com diversas metodologias, buscando sempre uma comunicação não violenta para a construção de um espaço de escuta, diálogo, a ressignificação de conflitos e formação de novas narrativas pessoais e coletivas.

O curso foi dividido em três etapas, é o que explica a psicóloga, Sabrina Paroli, uma das instrutoras: “uma das práticas da justiça restaurativa são os círculos de construção de paz. Nós fizemos três etapas. A primeira é a entrevista inicial, para fazer um diagnóstico, conversar com elas e elas conhecerem a gente. A segunda etapa, nós fizemos um círculo com elas divididas em grupos, porque são 30 mulheres. E a última etapa é a etapa da formação”, ressaltou.

Detentas sentiram impacto positivo na saúde mental, durante curso de Justiça Restaurativa. Foto: Zayra Amorim/Iapen
Detentas sentiram impacto positivo na saúde mental, durante curso de Justiça Restaurativa. Foto: Zayra Amorim/Iapen

A apenada A. S. J. que participou da atividade, relata que o curso impactou de forma positiva em sua saúde mental: “A gente aprendeu muitas coisas, botar muitas coisas para fora, que a gente vivia reprimindo. A gente aprendeu no curso a falar na primeira pessoa. Ajudou muita gente na questão do psicológico, a gente soube exercitar algumas funções que até então, estavam adormecidas”, relatou.

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Curso de Justiça Restaurativa se estendeu também para servidoras do Presídio Feminino de Rio Branco. Foto: cedida
Curso de Justiça Restaurativa se estendeu também para servidoras do Presídio Feminino de Rio Branco. Foto: cedida

A advogada e pesquisadora, Paloma Graf, que também foi instrutora do curso, ressaltou que o trabalho se estendeu também para as servidoras da unidade: “esse processo que foi construído com elas foi gradual. Ao mesmo tempo que envolveu as internas, também as policiais penais. Porque o trabalho é coletivo, não adianta trabalhar só um dos pilares que estão aqui. Então, a gente também fez com as policiais penais para que tivesse essa integração entre elas, saber o que são essas práticas e, principalmente, integrar mulheres que estavam em posições separadas”, explicou ela.

Iapen, em parceria com TJAC, desenvolve curso de Justiça Restaurativa em presídio feminino de Rio Branco. Foto: Isabelle Nascimento/Iapen
Iapen, em parceria com TJAC, desenvolve curso de Justiça Restaurativa em presídio feminino de Rio Branco. Foto: Isabelle Nascimento/Iapen

Gabriela Silveira, diretora de Reintegração Social do Iapen em exercício, explica que o projeto Justiça Restaurativa impacta grandemente no futuro dessas mulheres: “o Tribunal de Justiça, é um grande parceiro do Iapen. Eles investem recursos no nosso público. E nesse caso, esse projeto da Justiça Restaurativa, ele está trazendo uma esperança para essas mulheres de um futuro melhor, um futuro diferente. É um projeto que traz ferramentas de impacto na saúde mental, no autoconhecimento e dá habilidades para elas trabalharem com o erro do passado e ressignificar para escrever um novo futuro”.

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Durante a solenidade, a presidente do TJ/AC, Regina Ferrari, ressaltou que o curso é importante para saber como lidar com conflitos, que sempre vão existir, e ressaltou que eles são oportunidades para transformação: “O conflito vem como uma oportunidade para a gente restaurar e transformar para melhor”.

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