Nesta quarta-feira (22/1), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) repassou detalhes sobre o cumprimento do mandado de prisão preventiva do motorista, de 49 anos, suspeito de provocar o acidente que vitimou 39 pessoas na BR-116, em Teófilo Otoni, região do Vale do Mucuri, no dia 21/12/24. A prisão ocorreu nessa terça-feira (21/1), na cidade de Barra do São Francisco, no estado do Espírito Santo.
A chefe da PCMG, delegada-geral Letícia Gamboge, destacou a importância das ações realizadas pela Polícia Civil.
“Estamos aqui para detalharmos sobre as circunstâncias que fundamentaram a nova representação pela prisão preventiva do condutor da carreta e as diligências realizadas ontem, na cidade de Barra de São Francisco, que implicaram tanto na prisão do suspeito quanto também no cumprimento de mandados de busca e apreensão domiciliar na casa dele e do proprietário da transportadora”, disse.
O chefe do 15º Departamento de Polícia Civil, delegado-geral Amaury Tomaz Tenório de Albuquerque, que conduz a investigação, ressaltou a importância do deferimento da medida cautelar contra o suspeito. "O magistrado revisou a decisão anterior de conceder a liberdade ao condutor da carreta devido a novos elementos que surgiram com o avançar das investigações”, informou.
O delegado ainda enumerou alguns fatores, apurados nas investigações, que levaram à expedição da prisão. “Ausência do motorista no local do acidente, o sobrepeso da carga da carreta, não conferência das condições de transporte da carga, o excesso de velocidade, a jornada exaustiva de viagem, a falta de descanso e o uso de substâncias entorpecentes”.
Amaury acrescenta que o motorista não mostrou disposição em colaborar com as investigações, inclusive negando disponibilizar o celular para análise. “Além disso, as investigações fragilizaram a tese de que o estouro do pneu do ônibus causou a perda do controle do veículo”, pontuou.
Perícia no local
Em relação à perícia no local do acidente, especialistas da Polícia Civil estiveram na rodovia para coleta de material e análise das evidências. Durante as investigações, a equipe da Polícia Civil empregou o Laser Scanner 3D, uma tecnologia que permite simular todo o evento, auxiliando na determinação da dinâmica do fato.
Também participaram da coletiva de imprensa o superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, delegado-geral Júlio Wilke, e o superintendente de Polícia Técnico-Científica, médico-legista Thales Bittencourt.
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