A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou o Primeiro Levantamento Rápido de Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2025, que identificou apenas dois municípios sergipanos com alto índice de infestação. Outros 40 municípios estão com médio risco, 23 apresentaram baixo risco e seis não realizaram o LIRAa.
O estudo, que mede a presença do vetor nas localidades pesquisadas, apresenta o índice satisfatório que vai de 0 a 0,9; o de média infestação de 1,0 a 3,9 e o de alto risco acima de 4,0. Entre os municípios com alto risco estão Simão Dias (8,4) e Pedra Mole (7,0).
A gerente de endemias da SES, Sidney Sá, destacou a necessidade de os gestores municipais observarem as fragilidades do seu território. “Orientamos que os técnicos desenvolvam ações de combate ao criadouro do mosquito. Por isso, é importante que os municípios observem e verifiquem as fragilidades do seu território que provocam essa constância de índices elevados. Além disso, a população deve continuar adotando as medidas preventivas de combate ao Aedes”, orientou a gerente.
Ações de combate
O mosquito Aedes aegypti utiliza todo tipo de recipiente capaz de acumular água para depositar seus ovos como caixas d’água, garrafas, vasos de plantas, pneus e plásticos. Por isso, o trabalho do agente de endemias é identificar locais e objetos que sejam ou possam se transformar em criadouros do mosquito transmissor da dengue.
A agente de endemias do município de Simão Dias, Juliana dos Santos, ressaltou que o papel dos profissionais é visitar as casas regularmente para orientar e identificar os possíveis focos. “Sempre inspecionamos os lugares onde a água pode ficar parada como pratinhos de plantas, pneus, garrafas, pois é muito importante tampar bem as caixas d’água e evitar que recipientes fiquem expostos”, salientou.
A dona de casa Maria José é de Simão Dias e recebeu a equipe em sua residência para a identificação de possíveis focos do Aedes. “A população precisa se conscientizar sobre os cuidados preventivos contra o mosquito. Precisamos fazer nossa parte, pois é uma questão de saúde pública e de autocuidado para se evitar as doenças relacionadas ao mosquito”, disse Maria.
Além disso, é disponibilizado o carro fumacê aos municípios sergipanos como medida complementar ao enfrentamento do mosquito Aedes aegypti, em sua fase adulta, vetor da dengue, zika e chikungunya. Contudo, é importante alertar a população que não deixe as crianças nas ruas durante a atuação do carro fumacê, para evitar que elas corram atrás dos veículos e causem eventuais acidentes e incidentes.
Apesar da circulação do carro fumacê, a população deve continuar adotando ações preventivas como retirar o lixo acumulado dos quintais das residências, observar os recipientes com água que podem servir de criadouro do mosquito e limpar as calhas do telhado.
Vacina contra a dengue
Outra medida preventiva é a vacina contra a dengue. O imunizante é quadrivalente e protege contra os quatros principais sorotipos virais que estão circulando no país. O público-alvo são crianças de 10 a 14 anos de idade, e o imunizante deve ser administrado em duas doses, sendo o intervalo entre as doses de três meses.
“As vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde foram disponibilizadas para os municípios de Aracaju, Laranjeiras, Divina Pastora, Riachuelo, Barra dos Coqueiros, Itaporanga d’Ajuda, São Cristóvão e Santa Rosa de Lima. É importante alertar que a adesão pela vacina continua baixa e por isso orientamos aos pais e responsáveis que levem suas crianças para serem vacinadas”, alertou a gerente de Imunização da SES, Ilani Paulina.
Sintomas
Os infectados pelo mosquito podem apresentar febre, dor de cabeça e no corpo. Contudo, caso haja outros sintomas mais específicos, a pessoa deverá procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência para uma avaliação médica.
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