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Bahia Sem Fome: Em dois anos, programa reduz em 50% o índice de pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar no estado.

Para o governador, o programa Bahia Sem Fome representa um marco na luta contra a fome na Bahia.

30/12/2024 às 23h47
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Governo da Bahia
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Fotos: Divulgação / Matheus Landim - GOVBA
Fotos: Divulgação / Matheus Landim - GOVBA

O governador Jerônimo Rodrigues realizou uma reunião de balanço do programa Bahia Sem Fome nesta segunda-feira (30), no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador, com a presença de Tiago Pereira, coordenador da iniciativa. Durante o encontro, o governador destacou a redução de 50% no número de pessoas em situação de fome no estado desde o início do programa, um avanço importante no combate à insegurança alimentar. Ele enfatizou a relevância das parcerias com municípios, empresas e entidades para alcançar esse resultado e reafirmou o compromisso de expandir as ações do programa em 2025.

Para o governador, o programa Bahia Sem Fome representa um marco na luta contra a fome na Bahia. "Em dois anos de gestão, reduzimos pela metade o número de pessoas no mapa da fome. Isso foi possível graças ao esforço conjunto de prefeitos, empresas, deputados e instituições de segurança alimentar. Seguiremos firmes em 2025 para alcançar ainda mais baianos e baianas."

Tiago Pereira, coordenador do programa, reforçou os avanços e desafios. "Retiramos um milhão de pessoas da insegurança alimentar grave, mas ainda temos muito a fazer. O Bahia Sem Fome é resultado de parcerias com mais de 170 empresas, investimentos estaduais e o alinhamento com o Plano Brasil Sem Fome. Nosso foco é garantir acesso à alimentação, água, renda e fortalecer a economia local."

O Programa Bahia Sem Fome é uma das prioridades do Governo do Estado e foi criado com a proposta de fortalecer o sistema estadual de segurança alimentar e nutricional, o programa surgiu após a adesão da Bahia à política nacional em 2011. Desde então, uma série de esforços têm sido implementados para garantir a efetivação e criação de políticas públicas, incluindo a própria política estadual de segurança alimentar e nutricional, entre outras.

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Em 2024, o programa anunciou os resultados do edital Comida no Prato I e lançou o edital Comida no Prato II, abrangendo os 417 municípios baianos. No primeiro edital de 2023, o investimento foi de R$ 24,2 milhões, ao longo de seis meses, beneficiando 50 organizações entre paróquias, institutos, ONGs, redes de mulheres, associações, cooperativas e centros comunitários, e alcançando 100 cozinhas comunitárias em 14 regiões da Bahia.

Já o segundo edital tem como objetivo beneficiar 30 mil pessoas por dia, totalizando 5,5 milhões de refeições distribuídas ao longo de 12 meses. Foram selecionadas Organizações da Sociedade Civil (OSC) que assinaram Termo de Colaboração com o Estado para apoiar cozinhas comunitárias e solidárias. Ao todo, 150 cozinhas comunitárias foram apoiadas em 403 municípios, com cada uma recebendo R$ 242 mil para atender diariamente 200 pessoas.

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Tiago Pereira complementa, “para aqueles que enfrentam a fome em situação de rua ou extrema vulnerabilidade, oferecemos a distribuição de cestas básicas para famílias que não conseguem comprar alimentos. Além disso, também distribuímos cestas alimentares para municípios atingidos por emergências e eventos climáticos. O programa realiza uma série de ações estruturantes, como o acesso à água, assessoria técnica e apoio às instituições rurais, com foco no fortalecimento da Agricultura Familiar. Este suporte visa não só ampliar a produção para comercialização, mas também abastecer a alimentação escolar, uma estratégia importante para estimular a renda, movimentar a economia local e integrar as dimensões do trabalho e do emprego.”

Com investimentos superiores a R$ 50 milhões, o Bahia Sem Fome também implementou tecnologias para captação e armazenamento de água, como cisternas e barreiros, beneficiando comunidades do semiárido baiano. O Governo do Estado também ampliou o número de beneficiários do Bolsa Presença, que oferece apoio financeiro a famílias de estudantes da rede pública em situação de vulnerabilidade, incentivando a permanência escolar e melhorando a segurança alimentar dessas famílias. Pereira destaca que “essa transferência de renda atende, no âmbito do sistema estadual de ensino, estudantes em situação de vulnerabilidade. Ela complementa o Bolsa Família, garantindo um recurso mínimo para a compra de alimentos, o que contribui para a segurança alimentar dessas famílias. É uma política pública que assegura direitos e alimenta vidas.”
O Bahia Sem Fome também reforçou a aquisição de alimentos da Agricultura Familiar para a merenda escolar, garantindo refeições nutritivas aos estudantes e incentivando a produção local.

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Sobre a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) Bahia Sem Fome

O programa também conta com o serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), específico para o Bahia Sem Fome, com o objetivo de oferecer suporte técnico aos agricultores familiares, aumentando a produção de alimentos e a renda das famílias rurais. O Ater Bahia Sem Fome alcançou 20,3 mil famílias em todo o estado, sendo promovido pela Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater) em parceria com a Coordenação Geral de Ações Estratégicas de Combate à Fome (CGCFome). O serviço visa promover a segurança alimentar, nutricional e hídrica nos Territórios de Identidade da Bahia.

 

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