O governo do Estado, por meio da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab), realizou a oitava entrega de casas temporárias para atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira (30/12), em Arroio do Meio.
A ação possibilitou a desativação do último abrigo coletivo do município, além de oferecer mais conforto para que as famílias aguardem as casas definitivas. As moradias temporárias são módulos habitacionais transportáveis e que já chegam prontos da fábrica ao local de instalação, necessitando apenas da colocação de sapatas de nivelamento (um tipo de fundação) sob as estruturas.
As residências integram o programa A Casa é Sua – Calamidade, que tem o objetivo de promover a política habitacional de emergência atuando em três frentes: casas temporárias, que são ocupadas pelas famílias enquanto aguardam as definitivas, casas definitivas e doação de unidades por empresas privadas. Ao todo, serão 500 módulos desse modelo, com investimento de R$ 66,7 milhões do Estado. Somente pelo A Casa é Sua – Calamidade, além das 500 temporárias, o governo investiu também R$ 58,7 milhões na construção de 422 residências definitivas em 11 municípios.
O secretário Carlos Gomes destacou o trabalho da equipe da Sehab na busca de métodos construtivos mais rápidos para atender demandas emergenciais. "E chegamos a essa eficiente opção de conforto e dignidade para acolhimento individualizado. Mais famílias vão pasar o ano novo fora de abrigo. Para nós, isso é uma alegria e certeza de estarmos no caminho certo. Como diz nosso governador Eduardo Leite, todos nós por todos nós", afirmou.
O prefeito de Arroio do Meio, Danilo Bruxel, agradeceu o apoio e auxílio do Estado para a reconstrução do municipio que sofreu duramente com as enchentes de setembro de 2023 e maio de 2024. "Entregamos essa gestão com a certeza de que fizemos um grande caminho na reconstrução do nosso município. E seguiremos aqui, como munícipe, mas sempre à disposição se a nova gestão precisar de nosso trabalho", ressaltou.
Em abril, o município já havia recebido 28 casas de passagem, fruto do trabalho integrado entre secretarias estaduais e do apoio da iniciativa privada, por meio de parceria com o Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS). A entidade doou as unidades habitacionais com auxílio de empresas do ramo da construção civil a ela associadas. As casas de passagem diferem das casas temporárias principalmente por serem fixas, ou seja, não podem ser transportadas.
Sete municípios receberam 332 moradias
Até o momento, 332 já foram entregues: além das 40 em Arroio do Meio, 80 em Encantado; 28 em Cruzeiro do Sul; 86 em Estrela; 48 em Triunfo; 20 em Rio Pardo; e 30 em São Jerônimo. As casas ou módulos temporários são destinadas, preferencialmente, a municípios que ainda possuam pessoas em abrigos e que contem com alguma área fora da mancha de inundação para a instalação das moradias. As prefeituras são responsáveis pelo preparo do terreno – com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur) nas ações de terraplenagem, compactação de solo e a preparação da infraestrutura (execução de conexões das redes de água, esgoto e energia elétrica).
As ações fazem parte do Plano Rio Grande, programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática do Estado, que visa planejar, coordenar e executar programas para enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais da enchente histórica. A medida integra também o Plano Estadual de Habitação de Interesse Social (Pehis), como política permanente para atuação em casos de emergências, calamidades e desastres.
Sobre os módulos
Cada unidade possui 27 m² e é composta por dormitório, sala e cozinha conjugadas e banheiro, além de possuírem mobiliário sob medida e eletrodomésticos de linha branca. A estrutura de aço galvanizado e concreto ganhou elementos que garantem resistência e conforto para os moradores.
Por dispensar a construção no local, os módulos são ambientalmente sustentáveis, pois não geram resíduos de obra e possibilitam economia de oito vezes menos água em comparação com métodos tradicionais.
Além disso, os módulos ficam incorporados ao acervo do Estado e poderão ser reutilizados por várias vezes em outras situações em que se fizerem necessários, depois que as famílias já tiverem sido transferidas para moradias definitivas.
Texto: Ascom Sehab
Edição: Secom
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