Não consumir álcool antes, ou durante, o banho de mar; estar atento às condições da profundidade e correnteza do local; e sempre buscar pontos próximos a um dos postos dos guarda-vidas do CBMCE. Essas são algumas das dicas oferecidas pelo comandante da 1ª Companhia de Salvamento Marítimo do Batalhão de Busca e Salvamento (1ª CSMar/BBS), capitão Rodrigo Monteiro.
“As pessoas precisam compreender a prevenção como o principal caminho. Parte dos afogamentos podem ser evitados com medidas simples, como buscar se divertir em um local sob a supervisão de guarda-vidas, não misturar o uso de bebida alcoólica com diversão aquática, respeitar a sinalização e os avisos de perigo, e ter muito cuidado com as crianças”, reforça o bombeiro militar.
Aliás, o cuidado com crianças inclui nunca deixá-las sozinhas. “É preciso estar junto delas no banho o tempo todo. Ou seja, nunca devem estar distante dos pais, seja em piscinas, praias, balneários, lagoas ou rios”, orienta o comandante. Por fim, é essencial aprender a nadar para se aventurar no mar, em açudes e lagoas, mesmo que a máxima “água no umbigo, sinal de perigo”, isso vale para todos os banhistas.
“Em piscinas devemos ter o mesmo grau de cuidado, nunca devemos deixar crianças se divertirem sem supervisão de um responsável. Sempre limitar o acesso à piscina com cercas, ou grades, que permitam a visualização interna, e nunca brincar de jogos de apneia e nem se confiar em boias, pois elas trazem uma falsa sensação de segurança”, finaliza o bombeiro militar.
Por fim, a pulseira de identificação é um elemento auxiliar para a segurança das crianças na praia. Ela permite que os bombeiros militares, ao visualizarem uma criança em situação de perigo, façam o resgate e consigam o contato com a família. Na pulseira, os responsáveis colocam o nome da criança, dos responsáveis e informam um telefone para contato.
Embora lagoas, açudes e balneários costumem ter águas mais tranquilas, elas são escuras e é preciso ficar alerta. Além de esconderem a real profundidade e não terem um fundo plano, os banhos nesses locais envolvem uma série de riscos, como pedras, galhos e outros obstáculos, onde o banhista poderá ficar preso, ou se machucar durante o mergulho.
Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), 75% dos óbitos em meio aquático ocorrem em rios, lagoas e represas, onde a densidade da água é menor. Mais de 80% das mortes ocorrem pelas vítimas ignorarem os riscos, não respeitarem limites pessoais, ingerir bebidas alcoólicas antes do acidente e desconhecerem como agir no momento do afogamento.
Por outro lado, cerca de 85% dos afogamentos em praias oceânicas ocorrem nas chamadas correntes de retorno. Na dúvida, “pergunte ao guarda-vidas onde fica o melhor local para a diversão, pois ele conhece muito bem a área que está supervisionando”, arremata o capitão do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE).
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