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Novembro Roxo: Sesa promove ações em hospitais sobre a prematuridade no Espírito Santo

O mês de novembro é marcado pela campanha “Novembro Roxo”, com ações concentradas, principalmente no dia 17, designado ‘Dia Mundial da Prematuridad...

14/11/2024 às 18h50
Por: Redação Fonte: Secom Espírito Santo
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Foto: Reprodução/Secom Espírito Santo
Foto: Reprodução/Secom Espírito Santo

O mês de novembro é marcado pela campanha “Novembro Roxo”, com ações concentradas, principalmente no dia 17, designado ‘Dia Mundial da Prematuridade’.  A data marca o dia em que o mundo se une para falar sobre o parto prematuro e discutir ações que melhorem a vida dos bebês e suas famílias. A Secretaria da Saúde (Sesa) recorre à data, para promover em sua rede, ações em alusão a essa causa tão significativa para a sociedade.

Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), bebês prematuros são aqueles que nascem antes de 37 semanas de gestação, cuja duração completa é entre 37 e 42 semanas.  A prevenção começa no planejamento familiar e segue com o pré-natal, que assegura o desenvolvimento saudável da gestação e do bebê, sem riscos para a saúde materna, abordando também aspectos psicossociais e práticas educativas.

A médica Sandra Willeia Martins, pediatra neonatologista e referência técnica da Sesa relata que a campanha Novembro Roxo 2024 tem como principal objetivo sensibilizar a sociedade em geral a importância da prevenção da prematuridade e os desafios que envolvem o acesso a cuidados de qualidade aos bebês e suas famílias. "É essencial que a sociedade compreenda a importância da prematuridade como uma questão de saúde pública no Brasil. As crianças são o nosso futuro e, ao falarmos sobre bebês prematuros, estamos discutindo cidadãos que podem enfrentar desafios como déficits motores, cognitivos e de comportamento. Se queremos um futuro mais saudável e promissor, precisamos começar a cuidar desses pequenos cidadãos desde já. A prematuridade, de fato, começa a ser prevenida no pré-natal”, disse.

A médica prosseguiu: “esse acompanhamento contínuo e adequado é essencial, porque é lá que conseguimos identificar fatores de risco e dar o suporte necessário para levar a gestação o mais longe possível. É durante o pré-natal que os profissionais de saúde podem monitorar e prevenir problemas, propiciando que os bebês nasçam no momento certo e com melhores condições de saúde. Sabemos que há tratamentos como o uso de corticoides, o controle do diabetes gestacional e a hipertensão arterial que podem melhorar o quadro da mãe e do bebê.”

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Sandra Martins lembrou ainda de outro aspecto fundamental na prevenção da prematuridade, que é o cuidado com o consumo de álcool, fumo e outras drogas pela gestante. “A tolerância é zero para o álcool durante a gestação, pois ele pode impactar diretamente no cérebro do bebê, trazendo consequências graves. Esse é um alerta não só para as gestantes, mas para a sociedade como um todo, que precisa dar suporte às mulheres para que possam ter uma gestação saudável. Como profissional de saúde, vejo que o nosso trabalho é cuidar para que nenhum prematuro fique invisível na sociedade capixaba. Se negligenciarmos a prematuridade estaremos virando as costas para o futuro do país. Cada prematuro e sua família assistidos hoje é um cidadão que poderá contribuir amanhã. Esse é o compromisso que temos com cada família e com o Brasil e nosso Estado”, completa a médica.

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Dados de prematuridade no Espírito Santo

No Espírito Santo, em 2022, foram registrados 52.547 nascidos vivos e desses 5.504, foram nascimentos de bebês prematuros com menos de 37 semanas, ou seja 10% dos nascimentos.

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Em 2023, 52.552 bebês nasceram vivos no Estado, porém, 5.621 foram bebês prematuros, uma média de 10,7% bebês prematuros. 

Já em 2024, de janeiro a setembro, foram registrados 37.879 nascimentos de bebês vivos, sendo 4.159 prematuros com menos de 37 semanas de gestação. Ou seja, 11% dos nascidos vivos foram prematuros. (Dados atualizados em 11/11/24, registrados no sistema de Tabulação de dados (TABNET).

Sobre os óbitos, em prematuros com menos de 37 semanas, conforme o   Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), em 2022 foram registrados 282 óbitos. Em 2023, 341 óbitos foram registrados em prematuros.  Já em 2024, de com dados preliminares extraídos em 12 de novembro, 259 óbitos.

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Ações nos Hospitais e Maternidades da rede Estadual

Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves

No Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, a data será celebrada com diversas atividades ao longo do mês. De oficinas a palestras, as mamães internadas participarão de uma série de ações.

 Na terça-feira (12) teve início a oficina de Aleitamento e Translactação, que será realizada até o próximo dia 24. Equipes médicas e de fonoaudiologia estão orientando as equipes assistenciais sobre o aleitamento materno, já que muitas mães sentem insegurança ou não sabem como amamentar um recém-nascido prematuro.

Na quarta-feira (13), foi a vez do ‘Cine Com Elas’. As mães participaram de um evento no auditório, na qual puderam assistir a depoimentos gravados de outras mães que, no passado, já estiveram na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) do hospital. Foram apresentadas histórias de superação e apoio às pacientes, renovando as esperanças de quem atualmente está internada à espera de alta médica.

Já no dia 21, acontecerá a Festa dos Prematuros. O hospital Dr. Jayme convidou mães e crianças que nasceram na unidade hospitalar. Foram convidadas famílias que tiveram filhos no hospital desde 2013, ano de inauguração do Jayme. São esperadas crianças com até onze anos de idade. A ideia é mostrar às atuais pacientes que, mesmo nascidos prematuros, cresceram e se desenvolveram com pouca ou nenhuma sequela.

No dia 27, será a vez do Momento com as Mães, a ser realizado no pátio central do hospital, onde as mães vão receber equipes multidisciplinares para falar sobre o período que estão passando.

Por fim, no dia 30 de novembro, será realizada uma palestra de Sensibilização da Neonatologia para todos os funcionários. O evento está marcado para às 8h, no auditório do hospital.

As ações refletem um momento de amparo e esperança para muitas mães que chegam a ficar meses na Utin do hospital, como é o caso da operadora de caixa Miliane Rodrigues Ramos, de 35 anos. O pequeno Shamuel Eduardo Rodrigues nasceu de 27 semanas e há 4 meses está internado. A boa notícia é que ele está prestes a ter alta.

“Meu filho nasceu com 900 gramas. É um verdadeiro milagre e tenho muito a agradecer. Primeiro a Deus, e em seguida à equipe do hospital que sempre nos auxiliou e nos deu todo o suporte necessário. Há 15 dias, meu filho estava para ter alta, mas houve uma pequena infecção e ele precisou ficar mais tempo aqui. Na época eu entrei em pânico, queria sair do hospital, queria ver minhas outras duas filhas, ir para minha casa, mas a equipe hospitalar me tranquilizou da melhor forma. Futuramente, se eu for convidada, quero dar meu testemunho a outras mães que, mesmo um bebê nascido prematuro, não é motivo para perder as esperanças. Para tudo há um propósito, basta termos fé”, explicou Miliane.

Para a gerente materno infantil do Jayme, Líbia Pimentel, as ações são fundamentais para as mães que estão internadas no hospital. “É um momento muito difícil para as mamães. O sonho de toda gestante é ter o filho e ir logo para casa. Mas em casos de gravidez de risco ou nascimentos prematuros, essa realidade muda por completo e ter equipes treinadas e capacitadas para orientar e consolar essas mamães é fundamental”, explicou Líbia.

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Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves

Para celebrar a data o Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), referência em prematuridade no Espírito Santo, realizou algumas ações na primeira quinzena do mês. No dia 07 de novembro aconteceu o 1º Simpósio de Prematuridade, direcionado aos para os profissionais de saúde, para discutirem os principais tópicos e inovações sobre prematuridade no Estado. 

Além do simpósio, na quarta-feira (13), o Himaba também promoveu um workshop de Shantala para as mães e bebês da Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN). O setor de Fisioterapia do hospital ensinou as técnicas para as mães aprenderem e aplicarem em seus bebês.

Atualmente, o hospital tem uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e um ambulatório com consultas para acompanhamento destes pacientes e é referência em prematuridade.

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