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Escola estadual em Ananindeua mostra projetos alusivos ao Dia da Consciência Negra

Estudantes do 1º ao 5º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Anani apresentaram projetos de produção de texto, teatro, música e artesanato, ...

14/11/2024 às 15h36
Por: Redação Fonte: Secom Pará
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Crédito: Fernanda Cavalcante - Ascom Seduc
Crédito: Fernanda Cavalcante - Ascom Seduc

Para conscientizar os estudantes sobre práticas antirracistas, falar sobre preconceito e discriminação, e incentivar a reflexão sobre a importância da cultura africana e afro-brasileira na formação da sociedade, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Anani, localizada no bairro do Aurá, em Ananindeua (Região Metropolitana de Belém), realizou nesta quinta-feira (14) a solenidade de culminância do Projeto "Educação das Relações Étnico-Raciais", voltado ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de Novembro.

Os estudantes do 1º ao 5º ano apresentaram trabalhos de leitura e produção de texto, teatro, música e artesanato, desenvolvidos durante o ano letivo, valorizando a cultura afro-brasileira, a inclusão, o respeito e a alfabetização.

"A nossa escola sempre trabalha de forma que o aluno possa se desenvolver como um ser humano total, completo, e a gente traz essas temáticas para trabalhar o não ao racismo, não ao preconceito; aceitar o outro do jeito que é. E as nossas crianças desenvolvem isso muito bem. A gente sabe que o que trabalha aqui; elas vão levar para a vida", informou a diretora da Escola, Ilza Freire. Alunos confeccionaram bonecas Abayomi

Conhecimento- Gleidson Adriano, estudante do 5º ano do Ensino Fundamental, contou que as atividades voltadas ao Dia da Consciência Negra trouxeram muitos conhecimentos. "A gente trabalhou na aula o texto da peça sobre a 'A cor bela de Mirella', história baseada nos livros de Sérgio Santos. Nessa peça, a gente fala muito sobre o respeito com todos, sobre as raças. Muita gente ainda sofre racismo, e esse texto serve para que as pessoas parem com isso", acrescentou.

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Para o estudante Erick Rodrigues, também do 5º ano do Ensino Fundamental, o aprendizado vai além da sala de aula. "A escola é o melhor lugar para ensinar isso porque, desde criança, a pessoa já tem que começar a perceber que racismo não é legal, para que quando a pessoa crescer já vai ter aquilo na mente dela, e vai passar para os filhos, amigos e para quem convive. A gente está falando há um tempo sobre isso aqui na escola, e eu acho muito importante que nós, crianças, sejamos ensinadas, porque nós somos a próxima geração, e vamos cuidar da próxima geração que vier", frisou Erick.

"História na roda"- Os estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental desenvolveram um livro de histórias que celebram a cultura e a consciência étnico-racial. O livro "História na roda: vem ler com a gente" reúne textos escritos pelos próprios estudantes. "Foi um sucesso", garantiu um dos alunos envolvidos no projeto. "A gente leu muitas histórias, e foi escrevendo o resumo dessas histórias para depois contar aqui. Todas as histórias que nós escrevemos no livro são histórias da consciência negra, histórias africanas, e muitas outras histórias sobre como não ser racista", disse Samuel Belém.

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Emily Leal, também cursando o 3º ano do Ensino Fundamental, destacou o que aprendeu com o trabalho. "O projeto é importante para não ter mais esse negócio de falar coisas ruins sobre a cor das pessoas, para não ter preconceito com o cabelo crespo, cacheado, e eu gostei muito de participar", afirmou.

Os estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental confeccionaram bonecas Abayomi, feitas de pano e sem costura, que foram expostas. "Com o trabalho, a gente pôde desenvolver a consciência sobre as raças através da brincadeira da boneca Abayomi, que é uma boneca de pano feita com retalhos. E tem todo o histórico de como ela foi produzida, e a gente repassou isso através da música e da produção. Os alunos estavam produzindo essas bonecas para ter noção de raças. Foi uma ideia da professora Ivete, e aí a gente colocou para os alunos desenvolverem, e deu muito certo", informou o professor de Arte Pedro Viana. Profissionais da Escola Anani que participam do projeto

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Alfabetização na idade certa -Atualmente, a Escola Estadual Anani atente 316 estudantes, e trabalha fundamentalmente a alfabetização na idade certa, por meio do Programa Alfabetiza Pará.

"A nossa escola trabalha essa proposta do 'Alfabetiza Pará', e eu estou achando maravilhoso. Fui formadora do 'Alfabetiza' em 2023, e aqui as nossas professoras, a gente trabalha muito com a questão da literatura, com os gêneros textuais, tanto que os próprios alunos gostam de ir lá para a frente e falar. A gente trabalha desde pequenininho, e esse é um programa que veio ajudar mais ainda essa questão da habilidade de falar em público, de ler, e a gente tem visto os resultados disso aqui", ressaltou Ilza Freire.

Apoio aos municípios -A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) lançou, em janeiro de 2023, o Programa “Alfabetiza Pará”, que em regime de colaboração auxilia os 144 municípios do Pará no desenvolvimento dos estudantes dos anos iniciais, no período de alfabetização.

Como parte das ações, o Programa já realizou avaliação de fluência leitora e escrita nos municípios que aderiram à iniciativa, e distribui continuamente material didático para essas redes municipais.

Texto: Fernanda Cavalcante - Ascom/Seduc

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