Para ampliar a capacidade de percepção de riscos dos militares e condicionar os agentes a enfrentarem adequadamente os desafios da escolta policial, o Governo do Estado, por meio do 28º Batalhão da Polícia Militar do Pará (PMPA), conhecido como Batalhão Águia, realiza, ainda em novembro deste ano, mais um curso de capacitação em Habilitação em Escolta Policial Militar, em preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada em Belém, em novembro de 2025.
O major Denison Cavalcante de Souza, comandante do Batalhão Águia, subordinado ao Comando de Policiamento da Capital I (CPC I), responsável pelo policiamento em 27 bairros de Belém, ressalta a importância da atuação específica em moto patrulhamento e policiamento em quatro rodas em reforço aos demais batalhões.
“Ao longo dos últimos anos, o nosso batalhão também se especializou nas escoltas policiais, voltadas para autoridades e delegações, que requer um transporte com brevidade e segurança. Estamos, atualmente, na quarta turma de capacitação do ano, desta vez, com militares do CPC II. A partir da próxima segunda-feira, 18, vamos iniciar a turma de especialização do efetivo do Comando de Policiamento da Região Metropolitana (CPRM), que também tem o efetivo de moto patrulhamento”, ressalta o major.
Ao longo de 2025, segundo o comandante, três capacitações de escolta policial já estão programadas. A expectativa é de que até a COP 30, a Polícia Militar conte com um efetivo mínimo de 200 agentes capacitados para essa função. O sargento Valdemir Santos Costa, que atua no CPC II, responsável pelo policiamento do Distrito de Icoaraci, é um dos participantes desta edição do curso de escolta policial.
“É uma capacitação fundamental, sobretudo, para quem trabalha na motocicleta. Todo o conhecimento absorvido, com certeza, vai ser de muita valia para a nossa atividade. Ao longo dos últimos anos, estamos vivendo um período de valorização do Governo do Estado, com novos equipamentos, viaturas e no nosso conhecimento. O intuito é que, cada vez mais, os policiais estejam aptos e preparados para as mais diversas demandas da sociedade”, explica o sargento.
Especialização– Entre os principais conteúdos abordados no curso, estão: mecânica básica, maneabilidade, frenagem, gestos e sinais, kartódromo, teoria e fundamentação de escolta, além das escoltas práticas e noturnas. Segundo o coordenador executivo da qualificação, tenente Diego Carvalho, a escolta é uma atividade de risco, devido a sua velocidade e complexidade, para a segurança e agilidade em diversas missões.
“Há alguns anos, sentimos a necessidade de aprimorar a nossa equipe em escolta. Então, em 2019, alguns policiais nossos foram buscar esse conhecimento do exército brasileiro e aí se tornaram multiplicadores no Pará. Capacitamos o Batalhão Águia e expandimos para outros batalhões, especialmente, por conta da dinâmica de eventos vinculados a COP 30. Queremos que os policiais estejam habilitados, com mão de obra qualificada, para atuar junto com a gente em operações”, afirma o tenente, que faz parte do Batalhão Águia.
Para a soldado Rayza Nunes, que também é instrutora do curso, a qualificação traz ganhos para todos, aos alunos policiais, aos instrutores e à sociedade em geral. “Com a ampliação das demandas de escolta, o aumento do número de efetivo para as missões é uma necessidade. Esses policiais precisam estar aptos e saber operar escoltas minimizando os riscos”, afirma.
No primeiro semestre de 2024, o Batalhão Águia registrou mais de 2,5 mil operações de policiamento motociclístico, com mais de 12 mil pessoas e 5 mil veículos abordados.
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