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Mostra Viver Ciência celebra 10 anos com projetos que promovem conscientização ambiental e inovação científica no Acre

A Mostra Viver Ciência, que está celebrando uma década de existência, consolidou-se como um dos mais importantes eventos de incentivo à ciência e à...

14/11/2024 às 09h53
Por: Redação Fonte: Secom Acre
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Foto: Reprodução/Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre

A Mostra Viver Ciência, que está celebrando uma década de existência, consolidou-se como um dos mais importantes eventos de incentivo à ciência e à educação ambiental no Acre. Em dez anos, o evento transformou o aprendizado, levando ciência e inovação para as escolas e inspirando alunos a se tornarem agentes de mudança para um futuro mais sustentável.

Escola Dr. João Aguiar apresentará experimento “Simulação de chuva ácida na abordagem dos ciclos biogeoquímicos e educação ambiental” na Mostra Viver Ciência. Foto: Mardilson Gomes/SEE
Escola Dr. João Aguiar apresentará experimento “Simulação de chuva ácida na abordagem dos ciclos biogeoquímicos e educação ambiental” na Mostra Viver Ciência. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Neste ano, a Mostra será realizada na Escola Armando Nogueira, em Rio Branco, nos dias 21 e 22 de novembro, com o tema “Tecnologias e saberes tradicionais para uma Amazônia sustentável”.

Entre os projetos de destaque na edição de 2024 está a “Simulação de chuva ácida na abordagem dos ciclos biogeoquímicos e educação ambiental”. A iniciativa, com uma abordagem didática e envolvente, visa conscientizar o público sobre questões ambientais críticas, em especial, diante dos recentes episódios de chuvas ácidas na Amazônia.

O experimento foi desenvolvido por um grupo de alunos da Escola Estadual Dr. João Batista Aguiar, localizada no Conjunto Manoel Julião, em Rio Branco, sob a orientação da professora Abigail Santana. Em 2023, a escola apresentou 14 projetos na Mostra e este ano trará 23 experimentos, destacando-se como referência em educação de qualidade.

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Experimento utiliza modelo prático e acessível para explicar o fenômeno da chuva ácida, com foco nos ciclos biogeoquímicos. Foto: Mardilson Gomes/SEE
Experimento utiliza modelo prático e acessível para explicar o fenômeno da chuva ácida, com foco nos ciclos biogeoquímicos. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Abigail participa da Mostra Viver Ciência desde os tempos de graduação na Universidade Federal do Acre (Ufac). Como professora, faz questão de incentivar seus alunos a participarem do evento, devido ao aprendizado proporcionado. “Sempre quis participar pela bagagem que a Viver Ciência proporciona na faculdade. Participei como aluna e voluntária em outras feiras de ciências e, agora, como professora, mantenho a metodologia de estimular os alunos a continuarem participando. É recompensador ver o entusiasmo deles. Eles se sentem divulgadores e influenciadores da ciência”, destacou a professora.

Para alguns estudantes, será a primeira participação na Mostra; para outros, é uma oportunidade de retorno. A empolgação e o nervosismo são sentimentos comuns entre aqueles que se preparam para expor seus experimentos e representar a escola.

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O projeto: chuva ácida e ciclos biogeoquímicos

O projeto Simulação de Chuva Ácida utiliza um modelo prático e acessível para explicar o fenômeno, com foco nos ciclos biogeoquímicos, um tema raramente abordado em sala de aula. A simulação mostra como gases poluentes liberados na atmosfera, principalmente devido ao uso de combustíveis fósseis e processos industriais, dissolvem-se na água, formando compostos ácidos que caem com a chuva e impactam negativamente o meio ambiente.

Projeto incentiva reflexão sobre papel humano nos desequilíbrios do ecossistema e nos impactos da poluição. Foto: Mardilson Gomes/SEE
Projeto incentiva reflexão sobre papel humano nos desequilíbrios do ecossistema e nos impactos da poluição. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Com materiais como um frasco de vidro, fios de cobre, enxofre em pó, isqueiro, água destilada, pétalas de flores pigmentadas e indicadores de pH, o grupo conseguiu reproduzir a simulação de chuva ácida. A queima do enxofre provoca a produção de dióxido de enxofre, que, ao entrar em contato com a água, transforma-se em uma solução ácida, alterando o pH. O experimento é eficaz para ilustrar os ciclos biogeoquímicos e promover a educação ambiental.

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A simulação permite que os estudantes observem em tempo real como a chuva ácida altera o pH do solo e da água, afetando fauna, flora e, consequentemente, a saúde humana. A atividade também ilustra o papel da química na resolução de problemas ambientais. “Escolhemos trabalhar esse tema por ser muito importante e interessante. O experimento mostra visivelmente os resultados. As pessoas percebem rapidamente o processo e entendem”, explicou a estudante Kailane Araújo.

Escola Dr. João Batista Aguiar apresentou 14 projetos na Mostra em 2023 e este ano trará 23 experimentos. Foto: Mardilson Gomes/SEE
Escola Dr. João Batista Aguiar apresentou 14 projetos na Mostra em 2023 e este ano trará 23 experimentos. Foto: Mardilson Gomes/SEE

A professora Abigail ressalta a importância da prática no aprendizado: “Sempre busco alinhar teoria e prática. Esse foi um dos experimentos com enxofre que conseguimos reproduzir com segurança, após várias tentativas de aperfeiçoamento. Com o experimento, os alunos puderam perceber de forma concreta os impactos das chuvas ácidas, especialmente após os episódios recentes de queimadas e forte fumaça na região”, destacou.

Educação ambiental em ação

A importância de um projeto como esse vai além da simulação. A iniciativa é um exemplo prático de educação ambiental aplicada, promovendo a conscientização e o pensamento crítico dos estudantes sobre questões ambientais urgentes. Ao abordar os ciclos biogeoquímicos, o projeto incentiva a reflexão sobre o papel humano nos desequilíbrios do ecossistema e nos impactos da poluição.

A professora enfatiza que a compreensão dos ciclos biogeoquímicos é essencial para que os jovens entendam as interconexões da natureza. “Ao explicar como um elemento químico circula pela Terra, passando pelos ciclos da água, do solo e do ar, mostramos que tudo está conectado. É essencial que nossos alunos compreendam essas ligações, para que no futuro se tornem adultos responsáveis e conscientes”, reforça.

Experimento é dinâmico para ilustrar ciclos biogeoquímicos e promover educação ambiental. Foto: Mardilson Gomes/SEE
Experimento é dinâmico para ilustrar ciclos biogeoquímicos e promover educação ambiental. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Os alunos foram orientados a elaborar um relatório descrevendo o experimento, os resultados observados e suas conclusões sobre os impactos da chuva ácida e a importância da preservação ambiental. Professores também foram mobilizados para auxiliar na elaboração dos projetos e na realização dos experimentos a serem expostos.

Um legado para o futuro

Nos últimos dez anos, a Mostra Viver Ciência ajudou a transformar a maneira como alunos e professores do Acre se relacionam com o conhecimento científico. Além de incentivar a criação de projetos práticos, a Mostra tem desempenhado papel decisivo na formação de uma geração mais consciente ambientalmente.

O evento reforça o compromisso do governo em promover uma educação que vai além da sala de aula, conectando os alunos com temas científicos e ambientais, de forma que possam compreender e agir. Projetos como o de chuva ácida, que são interativos e visualmente impactantes, fazem com que o aprendizado sobre o meio ambiente se torne uma experiência marcante, gerando memórias e consciência.

Mostra Viver Ciência 2024 será realizada na Escola Armando Nogueira, nos dias 21 e 22 de novembro. Foto: Mardilson Gomes/SEE
Mostra Viver Ciência 2024 será realizada na Escola Armando Nogueira, nos dias 21 e 22 de novembro. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Com uma trajetória marcada por inovações e aprendizado, a Mostra Viver Ciência está pronta para mais dez anos de explorações, mantendo seu papel como uma importante ação educacional e cultural que promove a vivência da ciência e reforça a conscientização ambiental.

Além da participação de alunos e professores da rede básica de ensino do Acre, a Mostra contará com a presença do Instituto Federal do Acre (Ifac), do Instituto Socioeducativo do Estado do Acre (ISE) e de instituições de outros estados, como Amazonas e Rondônia.

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