O Secretário de Estado da Educação (Seduc), Washington Bandeira, empossou, nesta segunda-feira (4), os membros do Comitê Educar para Respeitar, que será responsável pela supervisão e acompanhamento das ações de implementação das Leis nº 10.639/03 e 11.645/08, que instituem o ensino de História e Cultura afro-brasileira e indígena nas escolas da Rede Estadual Pública e Privada de Educação do Piauí. A posse foi realizada durante o encontro Café com Equidade, uma iniciativa do Programa Educar para Respeitar.
“Esta é uma reivindicação de 20 anos e que temos a felicidade de estarmos tornando realidade. Nosso objetivo é perenizar, deixar um legado, para que não se descontinue. O próximo passo, e o principal, para que isso aconteça, é a implementação da disciplina autônoma no currículo. São ações que se somam a muitas outras, como a construção de quatro escolas voltadas para atender a comunidade indígena do estado, bem como outras quatro unidades que irão contemplar comunidades quilombolas”, afirmou Bandeira.
O Comitê Educar para Respeitar é composto por membros representativos da Secretaria de Estado da Educação do Piauí (Seduc/PI), Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc), Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Piauí (Sinte), Fórum Estadual de Entidade Negras do Piauí, - Instituto Federal do Piauí (IFPI), União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Coordenação Estadual dos Quilombolas (Cecoq), Conselho Estadual de Cultura (CEC), Conselho Estadual de Educação (CEE), Coordenação Estadual dos Terreiros (CET) e Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste e Minas Gerais (Apoinme).
“Educação é algo que, para nós, é muito caro. Nesses mais de 20 anos da lei, ela sempre teve um patamar de sonho, e hoje temos a possibilidade de estar implementando essa lei no Piauí. A gente percebe os avanços, estamos muito animados e hoje aqui foi a renovação de tudo isso”, celebrou Assunção Aguiar, membro do Comitê.
Na oportunidade, foi confirmada a criação de 400 vagas para os cursos de especialização em Educação Antirracista e Cultura Afro, ofertados pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e pela Universidade Estadual do Piauí (Uespi). Ao todo, serão 11 polos, com cinco turmas ofertadas pela Universidade Estadual e seis pela UFPI, todas implementadas por meio da Universidade Aberta do Brasil (UAB).
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