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Rio Acre em Xapuri atinge segunda maior seca da história

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), com informações do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitorament...

25/06/2024 às 16h09
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Secom Acre
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Foto: Reprodução/Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), com informações do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), divulgou nesta segunda-feira, 24, dados sobre o nível do Rio Acre em Xapuri. A cota do rio atingiu 1,49 metros, marcando a segunda maior seca já registrada na história da região.

A cota do rio atingiu 1,49 metros, marcando a segunda maior seca já registrada na história da região. Foto: Harlei Cardoso/Secom
A cota do rio atingiu 1,49 metros, marcando a segunda maior seca já registrada na história da região. Foto: Harlei Cardoso/Secom

A maior seca histórica ocorreu em 31 de julho de 2018, quando o nível do rio caiu para 1,18 metros. Até hoje, a segunda maior seca havia sido registrada em 18 de junho de 2021, com uma cota de 1,60 metros. Com emergência ambiental já decretada nos 22 municípios , órgãos de comando e controle colocam em prática ações para mitigação dos efeitos climáticos.

O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Carlos Batista, abordou a situação crítica: “O Rio Acre vem atingindo cotas históricas mínimas, não só em Xapuri, mas ao longo de toda a sua extensão. Em Rio Branco, por exemplo, a cota de 1,81 metros é a menor registrada para o mês de junho, em 53 anos de medições. Essa situação extrema não se limita ao Rio Acre; o Rio Iaco, em Sena Madureira, também apresenta níveis historicamente baixos, com 94 cm hoje, abaixo de um metro nos últimos três dias, indicando cotas mínimas históricas para junho”.

Assis Brasil, Brasileia, Xapuri, Rio Branco (acima) e Sena Madureira estão em alerta máximo, devido aos baixos níveis do rio, segundo dados do Monitoramento Hidrometeorológico. Foto: Pedro Devani/Secom
Assis Brasil, Brasileia, Xapuri, Rio Branco (acima) e Sena Madureira estão em alerta máximo, devido aos baixos níveis do rio, segundo dados do Monitoramento Hidrometeorológico. Foto: Pedro Devani/Secom

A baixa pluviosidade nas bacias hidrográficas tem causado impactos significativos: “Estamos vendo uma umidade do solo muito baixa e a vegetação está sofrendo estresse hídrico, o que aumenta a probabilidade e a propagação rápida de incêndios florestais, devido à vegetação seca. Além disso, a redução das chuvas diminuiu o lençol freático, provocando problemas no abastecimento de água, que já está sendo feito por meio de caminhões-pipa em Rio Branco e outras cidades do estado, devido à escassez hídrica”, informa o coordenador estadual da Defesa Civil.

Segundo o capitão Freitas Filho, comandante Operacional do Interior do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), a estiagem deste ano está crítica: “Estamos enfrentando uma estiagem crítica em 2024, especialmente no Alto Acre, com níveis de água baixos em rios importantes como o Rio Acre e seus afluentes. Estamos preocupados e em contato com gestores para mitigar os impactos, reforçando nossas equipes para combater incêndios florestais e prestar assistência à população”.

A previsão de continuidade da seca extrema traz preocupações adicionais para a população e o meio ambiente. A Defesa Civil e outras autoridades estão monitorando a situação de perto e buscando soluções para mitigar os efeitos da crise hídrica.

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