A aula inaugural que marcou o início do Projeto TecInclusão em Palmas aconteceu nesta quarta-feira, 19, no auditório da Escola de Tempo Integral (ETI) Almirante Tamandaré, e reuniu alunos das redes municipal e estadual de educação, além de educadores, gestores e especialistas em Educação do estado. O projeto que visa capacitar profissionalmente jovens de 16 a 29 anos em situação de vulnerabilidade social está sendo implementado em Palmas, Porto Nacional, Arraias, Dianópolis e Tocantinópolis.
A diretora da Escola Municipal (EM) Tom Jobim, Ana Paula dos Santos, considera que o projeto traz uma nova perspectiva sobretudo quanto a novas tecnologias, como linguagem da internet, criação de sites, novos nichos de trabalho que estão muito evidentes. “A maioria dos nossos alunos já está procurando trabalho, e esta é uma forma dele fazer renda dentro de casa, conciliando com a escola. Enquanto gestora, vejo que a escola deve estar aberta a todos, e a vinda desses novos alunos será um ganho significativo para a unidade, para a comunidade em geral e para o nosso aluno”.
Reitor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Luiz Eduardo Bovolato vê o TecInclusão como um esforço coletivo de várias instituições e parceiros para levar ao jovem em vulnerabilidade econômica uma possibilidade de qualificação que possa abrir seus horizontes. “Queremos mostrar que há perspectiva a partir do estudo, que se pode vencer na vida e almejar um lugar no mercado de trabalho e gerar renda, que se pode sonhar com a universidade. Eu vejo como uma ação educacional com um alcance social fantástico. O desafio coletivo é atrair estes jovens e depois manter um esforço redobrado para que comecem e terminem”, disse.
Magno Lavigne, secretário do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), explicou que o projeto faz parte do programa Manuel Quirino de Qualificação Profissional e Social, que é uma ação do Ministério do Trabalho e Emprego, em parceria com as universidades e institutos federais de educação tecnológica. “Aqui no Tocantins, são diversos polos trabalhando para aproximar a juventude dos novos patamares da tecnologia, aumentar a empregabilidade do jovem e incluir. O polo mais importante é o da capital, onde centenas de jovens já estão matriculados”.
Celso Daniel Mendes Araújo é um dos alunos já matriculados no projeto. Atualmente cursando a terceira série do Ensino Médio, trabalha na Secretaria Municipal da Educação (Semed) como jovem aprendiz e ficou sabendo do projeto pela Renapsi, que é a empresa contratante. “O curso tem me ajudado no conceito e teoria da programação da web, ou seja, já me integra em um mundo onde eu não estava meses atrás. Espero aprender o bastante para começar uma carreira nesse ramo”.
A diretora de Ensino Fundamental da Semed, Francisjanes Alves, disse que o TecInclusão abre portas principalmente para aqueles alunos que têm uma certa vulnerabilidade, porque traz a comunidade para dentro da escola. Além de profissionalizar os estudantes das unidades, ele também abre a mente dos novos estudantes a ter uma nova oportunidade, a querer ir além, a não ficar apenas no curso que vai ser disponibilizado.
Coordenador do TecInclusão no estado, o professor George França considerou a aula inaugural como um evento importante para o projeto porque ele reúne alunos de diferentes áreas da cidade. “Como buscamos trabalhar com jovens vulneráveis, esse é um momento de apresentar coisas que o público ainda não sabe, como a origem do projeto, seus objetivos e parceiros. Hoje temos aqui o Governo Federal, o Governo do Estado e a Prefeitura de Palmas, que estão dando todo o suporte para que esse projeto possa acontecer”.
Fábio Chaves, secretário municipal da Educação, considera que o projeto agrega exatamente a linha de pensamento que a gestão tem para a educação em nível municipal. “Temos uma atribuição constitucional de prestar o serviço de educação em nível infantil e fundamental. A marca dessa gestão é mostrar aos nossos alunos que há oportunidade, factível, verdadeira. Quando investimos na estrutura de uma escola, em estrutura pedagógica, em educação em tempo integral, alimentação com qualidade, cuidados básicos como uniforme e calçado, queremos mostrar para o aluno que ele tem direito a oportunidades, sonhos e a almejar objetivos. O TecInclusão vem na mesma direção, pois aponta objetivos no mercado de trabalho, ensino superior. A gente está muito feliz em agregar a esse projeto e trabalhar nessa sinergia entre governo federal, estado e município”, concluiu.
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