Entre fevereiro e março de 2022, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) resgatou 976 cobras em todo o território estadual. Os atendimentos representam 60% dos animais resgatados pela corporação no período. Somente em fevereiro, foram 472 atendimentos do tipo. No mês seguinte, 504 salvamentos.
“Na roça, muitas pessoas não usam bota, luva e, quando limpam o terreno ou pegam em madeira, não olham direito o local”, destaca o tenente-coronel Giuliano Rocha, assessor de comunicação do CBMCE. Ainda segundo o oficial, “nas cidades, está se tornando comum se encontrar cobra em motor de carro”.
Durante a quadra chuvosa, é maior a incidência desses répteis em áreas urbanas e rurais, devido aos ratos, seu principal alimento. Já no começo do segundo semestre, entre julho e agosto, a grande presença dos animais se deve ao período de reprodução.
No Ceará, conforme levantamento do CBMCE, a maioria das vítimas picadas por cobras é do sexo masculino, com idades entre seis e 70 anos, moradores da zona rural. Os locais de maior perigo são ambientes úmidos ou próximos a cursos de água, com ampla vegetação rasteira. Ainda segundo a corporação, a cobra venenosa mais frequente de ser encontrada é a jararaca. Já a espécie cascavel aparece mais em regiões secas, áridas e com muitas pedras. A cobra-coral é mais urbana e fica onde há muito lixo, mas prefere o local subterrâneo.
As cobras só atacam seres humanos quando se sentem ameaçadas. Ao avistar uma, desvie do caminho. Ao andar em área de vegetação, utilize sempre um bastão ou vara longa para manipular objetos, plantas ou qualquer coisa que possa esconder algo embaixo. Manter o quintal de casa limpo e não acumular lixo em casa é uma forma de evitar a aproximação desses animais em áreas urbanas.
Para acionar o CBMCE, basta ligar 193. Até a chegada dos militares, o solicitante deve isolar o local e, se possível, fotografar ou filmar o animal, com zoom principalmente na cabeça, para identificação, em caso de picada.
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