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Empresas flexibilizam vestuário em prol da diversidade

Com mais diversidade e inclusão, empresas optam por "dress code" que respeite o estilo pessoal dos funcionários

15/05/2024 às 14h57
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Agência Dino
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A concepção de um código de vestimenta – o conhecido dress code –, é uma norma presente na maioria das empresas tradicionais, com ternos, gravatas e saltos altos incorporados como um elemento de competência profissional. No entanto, com o surgimento das startups e uma cultura corporativa renovada, essa percepção começou a mudar. Figuras como Steve Jobs, Mark Zuckerberg e outros empreendedores demonstraram que vestir moletom e camiseta não impactava a capacidade de gerar lucro. Pelo menos não em alguns segmentos de negócios.

Nos últimos anos, aumentou o número de companhias que decidiram abolir ou flexibilizar o dress code adotando uma única regra: “venha como você é”. A medida vem na esteira do crescimento das práticas de ESG (sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa), que implementa políticas internas alinhadas com diversidade e inclusão (D&I).

Segundo o levantamento mais recente do portal Vagas.com, o número de vagas afirmativas – posições destinadas a mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência –, cresceu 33,2% em 2022, saltando de 19.825 em 2021 para 26.409.

Com o crescimento da diversidade nas empresas, um outro desafio se apresenta: como seguir códigos de vestimenta que não interfiram na liberdade individual dos funcionários?

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“Por muitos anos as empresas acreditaram na eficiência do uniforme, que ainda funciona muito bem em determinadas funções”, comenta Cezar Francisco, visagista, cosmetólogo e educador. “Mas, atualmente, muitas companhias não querem impor um visual e sim criar uma aliança entre o DNA da marca e as características individuais do colaborador”, fala.

“Não significa que o bom senso e a cultura corporativa morreram”, afirma Cezar. Através do visagismo corporativo, ele ensina profissionais a escolher vestuário, corte de cabelo, maquiagem, paleta de cores e acessórios. “Vestir-se adequadamente para a sua função nunca deixará de ser importante, mas é possível fazer isso respeitando a personalidade e individualidade de cada um”, afirma.

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“Isso é especialmente importante em empresas multinacionais ou com equipes multiculturais, onde a maneira de se vestir e se apresentar pode variar de acordo com as tradições e expectativas locais”, completa o visagista.

Segundo um estudo realizado pela empresa de coworking IWG, divulgado em 2023, cerca de 72% dos entrevistados preferem trabalhar para empresas com um código de vestimenta flexível. Além disso, 24% dos trabalhadores em formato híbrido disseram que ficariam mais atraídos a ir ao escritório se pudessem usar qualquer roupa ou estilo que escolhessem. Na verdade, cerca de 25% disseram que até aceitariam uma redução salarial por um dress code mais relaxado ou eliminado.

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Mais do que políticas de inclusão, a pesquisa aponta a adoção do trabalho híbrido durante a pandemia como fator central na flexibilização dos códigos de vestimenta. “A pandemia fez com que as empresas percebessem que os trabalhadores se sentiam melhor quando podiam usar roupas que refletissem o seu estilo pessoal. Após a pandemia, todos querem se divertir um pouco através da aparência e o trabalho híbrido permite criatividade e flexibilidade”, analisa Diana Tsui, estilista e consultora criativa da IWG.

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