No Dia Internacional da Enfermagem, conheça as histórias das enfermeiras que herdaram da família o dom de cuidar. Parabéns a todos os enfermeiros, importantes para a garantia da recuperação e salvamento de vidas, em hospitais e em qualquer local em que os pacientes necessitam da assistência e cuidados com a saúde
Hoje, 12 de maio, comemora-se o Dia Internacional da Enfermagem, uma data que não apenas celebra a profissão, mas também reconhece o papel essencial que os enfermeiros desempenham na promoção da saúde e no cuidado com os pacientes. Para destacar essa ocasião especial, conversamos com duas enfermeiras de Marabá, Priscila Oliveira e Sara Rocha, que gentilmente compartilharam suas histórias, desafios e reflexões sobre a profissão.
Priscila Oliveira, foi a primeira colocada no Processo Seletivo que a inseriu no serviço público em Marabá. Ela é natural deste município e graduou-se em Enfermagem em 2012. Embora, tenha inicialmente considerado a possibilidade de cursar Geografia, ela se inspirou na figura de sua tia, a enfermeira Joana, quando optou pela Enfermagem. Uma decisão que moldou sua carreira há 16 anos, quando escolheu a profissão. Hoje ela é uma enfermeira dedicada do Hospital Municipal de Marabá (HMM).
“Quando me formei, aos 21 anos, assumir o papel de enfermeira foi um grande desafio. Ser responsável por coordenar equipes e tomar decisões cruciais foi uma transição impactante, mas gradualmente me adaptei e assumi minha posição com seriedade”, relata Priscila.
Sobre sua trajetória profissional, ela destaca sua experiência em diversas áreas da Saúde, desde atendimento em comunidades carentes até trabalhos em hospitais e Unidades de Saúde em Marabá e outras localidades da região. Ela enfatiza a importância do papel educacional da enfermagem na prevenção de doenças e na promoção da saúde.
“A Enfermagem não se limita ao ambiente hospitalar”, explica Priscila.
“Nós desempenhamos um papel crucial na educação da comunidade, desde palestras sobre prevenção de doenças até o acompanhamento de pacientes em tratamentos fora do hospital, garantindo que sigam corretamente suas medicações.”
Priscila também compartilha sua admiração pela enfermeira Zezinha, outra figura influente em sua carreira, cujo legado na enfermagem é lembrado com respeito e gratidão e que dá nome a Unidade Básica de Saúde Enfermeira Zezinha, da Folha 23.
Ao abordar os desafios enfrentados pela Enfermagem, especialmente durante a pandemia de Covid-19, Priscila destaca a importância da valorização da profissão e do constante aprimoramento dos profissionais de saúde.
“É fundamental que continuemos lutando por uma enfermagem mais valorizada e reconhecida”, afirma Priscila. “Apesar dos desafios, nossa missão de cuidar da saúde da população, e de nós mesmos, permanece inabalável.”
Sara Rocha, além de exercer a Enfermagem, também desbravou o campo da Educação, sendo professora e moldando as futuras gerações de enfermeiros. Sua trajetória na Enfermagem começou por influência familiar, mas foi sua própria vocação para o cuidado e a liderança que a levaram a escolher essa profissão. Graduada há 15 anos no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, Sara chegou a Marabá em 2009 e desde 2011 é servidora concursada no município.
Ao longo de sua carreira, Sara testemunhou as várias facetas da profissão, desde a Atenção Primária até a Saúde Mental, onde tem se dedicado nos últimos 3 a 4 anos. Sua atuação na Ala Psicossocial é um reflexo do compromisso da enfermagem psiquiátrica em oferecer cuidados especializados para pacientes em crise, buscando restabelecer sua autonomia e funções mentais.
“É uma profissão que permite que a gente execute o cuidado, realize a coordenação de uma equipe para que haja a melhor infraestrutura no sentido de permitir uma melhor qualidade de vida e o restabelecimento da saúde das pessoas”, opina.
No âmbito da saúde mental, o trabalho de enfermagem vai muito além do aspecto clínico, envolve escuta ativa, acolhimento e a promoção do autocuidado através de atividades terapêuticas. Sara destaca a importância de uma abordagem multidisciplinar, onde enfermeiros coordenam equipes e colaboram com outros profissionais para garantir o melhor tratamento aos pacientes.
“O cuidado é muito voltado para escuta, acolhimento, organização pessoal através de atividades terapêuticas, atividades lúdicas e corporais, exercício físico. Então, aqui o serviço do enfermeiro também é muito voltado para estruturar essas atividades”, complementa.
Como professora, Sara também compartilha sua paixão pela Enfermagem com seus alunos, incentivando-os a abraçar uma profissão que, segundo ela, é extremamente versátil e impactante. Em uma mensagem para colegas de profissão e aspirantes a enfermeiros, Sara destaca a importância do cuidado baseado na cientificidade e no afeto, reforçando o papel fundamental que os enfermeiros desempenham na promoção da saúde e no bem-estar da sociedade.
“Parabéns a todos os profissionais enfermeiros e que a gente consiga sustentar a nossa profissão com base na cientificidade e com base no carinho e cuidado que oferecemos para cada paciente” parabeniza.
Neste Dia Internacional da Enfermagem, é essencial reconhecer e celebrar o trabalho dedicado e essencial dos enfermeiros, que todos os dias estão na linha de frente, oferecendo cuidado e esperança
Sara e Priscila deixam uma mensagem de reconhecimento e incentivo para seus colegas de profissão. Elas destacam a importância de continuar lutando por uma enfermagem mais valorizada e reconhecida, baseada na ciência e no cuidado humanizado.
Elas representam não apenas profissionais dedicados, mas também um exemplo inspirador de compromisso e resiliência no dia a dia para cuidar da saúde da nossa população.
A data
O Dia Internacional da Enfermagem homenageia Florence Nightingale, nascida em 12/5/1820. Enfermeira pioneira no tratamento a feridos de guerra, sua obra revolucionária e avançada para a época, teve profundo impacto na saúde e na reorganização dos serviços de saúde em nível mundial, sendo considerada um marco na profissionalização da enfermagem moderna.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Sara Lopes
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