O tema é delicado, mas precisa ser abordado. E testado. Pois essa é a única forma de tirar dúvidas e iniciar um tratamento adequado. Por isso mesmo a equipe do Serviço de Atendimento Especializado (SAE), esteve por dois momentos no Centro de Ressocialização de Sorriso (CRS) para falar sobreInfecções Sexualmente Transmissíveis, as ISTs.
Nos dias 20 de abril e 04 de maio, a coordenadora do SAE, Michelle Saldanha, esteve no CRS para orientações e testes rápidos; nas duas etapas foram realizados 282 testes rápidos. Michelle frisa que a ação integra o projeto de "Combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis" que conta com a realização de série de palestras e acompanhamentos. “Quando há identificação e se inicia o tratamento adequado, aumenta a perspectiva e a qualidade de vida do paciente”, diz. Hoje, mais de 570 pacientes realizam tratamento contra o HIV no SAE; outros 288 recebem medicação contra a hepatite B.
Além dos momentos de orientações, palestras, diariamente os exames tanto para HIV, hepatites B ou C e sífilis, são ofertados pela saúde pública de Sorriso diretamente no SAE. Estes, inclusive são exames que devem ser inclusos aos hábitos de rotina. Basta procurar o Serviço no horário das 7 às 11 horas pela manhã e das 13 às 17 horas à tarde. O SAE fica na Avenida Imigrantes, n.º 2495, Centro Norte.
Vale reforçar que além do SAE, todos os PSFs da rede também ofertam testes rápidos para as ISTs.
Casos de HIV
Especificamente no caso daSíndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida, a AIDS, Michelel frisa que hoje mais de 570 pacientes realizam tratamento regular contra o HIV no SAE de Sorriso; em 202355 novos casos foram diagnosticados. São pacientes com idades variadas, de 17 a mais de 70 anos. “Essas pessoas recebem acompanhamento, suporte e acolhimento da nossa equipe multidisciplinar”, explica. “Esse é um trabalho contínuo, ofertado o ano todo e aberto ao público por livre demanda, não há necessidade de encaminhamento pelo PSF, basta procurar o SAE”.
“Para quem convive com o HIV, apoio psicológico é tão essencial quanto o uso da medicação retroviral”, frisa.
Para Michelle,combater o preconceito– que sim, ainda existe, também é fundamental. “Nos deparamos com muitos pacientes com vergonha, com medo da reação dos outros, é preciso ficar claro que no combate ao HIV o preconceito é totalmente fora de moda”, defende.
Outra coisa que precisa ficar clara, alerta a enfermeira, é que ao receber um diagnóstico de positivo para o HIV não quer dizer que a pessoa desenvolva a AIDS, essa última a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana. “Temos muitos casos em que o paciente testa positivo, realiza o acompanhamento e o uso do retroviral e não desenvolve a doença”, ressalta. Daí a importância da realização de um check-up anual, inclusive com o pedido de sorologia par ao HIV, pois há pessoas que desconhecem portar o vírus.
Texto: Claudia Lazarotto
Fotos: Divulgação
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