A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) implementou 19 novos pontos de medição da qualidade da água no Rio Tietê, ampliando o total para 30. A medida integra o programa IntegraTietê , que completa um ano de atuação em prol do maior rio do Estado. Além disso, houve aperfeiçoamento do indicador, que agora utiliza o COT (Carbono Orgânico Total), mais rápido, transparente, seguro e preciso, em que já foi possível observar melhora nas concentrações. A Cetesb também criou sua 47ª Agência Ambiental, dando mais agilidade aos processos de emissão de licenças para o programa.
A partir da utilização do novo indicador, a carga é obtida por meio do produto entre a vazão média diária e a concentração medida no momento da coleta. Em 2023, a medição ocorreu em duas frentes: quantidade de carga orgânica gerada na bacia do Alto Tietê, medida no ponto de saída (Reservatório Edgard de Souza), e a concentração média de COT nos afluentes do Rio Tietê na bacia do Alto Tietê. Com isso, os resultados já mostraram uma uma melhora na qualidade da água acima do esperado nos últimos 12 meses, a carga média anual foi de 202 toneladas/dia, inferior à meta de 210 toneladas/dia e a média ponderada de COT foi de 30,6 mg/L, inferior à meta máxima prevista de 34 mg/L.
O resultado se deve, principalmente, ao aumento dos domicílios atendidos pela rede, em função da expansão das obras, que marcam o início do IntegraTietê. Os dados completos podem ser acessados em semil.sp.gov.br/integratiete . Importante destacar que, em função da ampliação do número de afluentes monitorados, as metas também foram alteradas, uma vez que se espera uma melhora na representatividade do indicador.
“O monitoramento de um corpo hídrico sofre muita influência de fatores climáticos e é importante ressaltar que estamos saindo de um período chuvoso. Trabalhamos com médias anuais na avaliação dos resultados e acompanhamento das metas do programa.”, conta a diretora de Engenharia e Qualidade Ambiental, Carolina Fiorillo Mariani.
Rio Tietê
Para além da concentração do COT nos afluentes e da carga de COT na saída da região metropolitana de São Paulo (RMSP), a Cetesb, em 2023, monitorou o Rio Tietê em 16 pontos ao longo de toda a sua extensão, desde o trecho mais próximo da sua nascente, em Biritiba-Mirim, no Alto Tietê, até próximo da sua foz, no Baixo Tietê, em Itapura.
A companhia também dispõe de quatro estações automáticas para monitoramento da qualidade em pontos estratégicos do rio: em Mogi das Cruzes, em Pirapora-Rasgão, em Itu e em Laranjal Paulista, as quais monitoram a qualidade da água a cada cinco minutos para os parâmetros Oxigênio Dissolvido, pH, Turbidez, Condutividade Elétrica e Temperatura.
O perfil de qualidade das águas do Rio Tietê, ao longo de toda sua extensão, mostra o comportamento espacial da qualidade das águas em função das diferentes características de uso e ocupação do solo, que cruza a principal Região metropolitana do país, recebe contribuições das regiões de Piracicaba e Sorocaba e cruza as plantações de cana de açúcar existentes no interior do estado.
Monitoramento
A rede básica da Cetesb , que é mantida desde a década de 1970, traz dados de qualidade da água dos principais rios de São Paulo em detalhes,entre eles o Rio Pinheiros e o Rio Tietê, disponíveis por meio de relatórios: https://cetesb.sp.gov.br/aguas-interiores/publicacoes-e-relatorios/ .
“Poder contar com os dados históricos da Cetesb dá contexto ao trabalho que foi realizado ao longo dos anos e mostra a escala do desafio que enfrentamos. Reforçamos nosso monitoramento no rio e seus afluentes para assegurar que as medidas adotadas sejam efetivas. Nosso monitoramento tem mostrado que estamos caminhando na direção correta”, afirma o diretor-presidente da Companhia Ambiental, Thomaz Toledo.
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