Em até três meses, 1,5 km da Linha Celeste devem passar a contar com asfalto. A obra, cuja execução vem sendo estudada há mais de 4 anos entre Prefeitura e moradores da região, deve ser realizada com equipes próprias do Executivo Municipal, por meio do trabalho integrado entre a Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Semosp) e a Secretaria de Transportes (Semtra).
Ainda em 2020, a pavimentação da via, que margeia a área urbana do município aos fundos do Bairro Fraternidade e conta com cerca de 50 propriedades, chegou a ser estimada em R$ 2 milhões, se fosse executada por empresa licitada. Nesta situação de parceria, caberia aos chacareiros a contratação da empresa para executar o serviço e a Prefeitura entra com a aquisição do material.
Agora, com a aquisição de equipamentos que permitem a execução de pavimentação com Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), bem como o reforço da equipe técnica da Semosp, a Prefeitura ganhou fôlego para executar diretamente a obra, estimada em cerca de R$ 600 mil.
Com a mudança do “modo de fazer”, foi também alterada a forma de participação dos chacareiros. Durante reunião na manhã desta segunda-feira (8 de abril), representantes dos proprietários do local puderam discutir a implantação da infraestrutura junto ao prefeito Ari Lafin e demais representantes da Administração Municipal.
E quem falou sobre a forma de contribuir com o Executivo para tornar viável o asfalto na Linha foi o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Vanderly Gnoato. “Nestes casos, a legislação tributária apresenta a necessidade de o Município efetuar a cobrança da contribuição de melhoria, calculada sobre o custo da obra, devidamente dividido de acordo com o tamanho de cada propriedade; e também sobre a valorização de cada imóvel a partir da implantação da benfeitoria”, explicou Gnoato, destacando que o indicador a ser utilizado é o que for menos oneroso aos moradores.
Leo Vitali, um dos proprietários presentes à reunião, apontou a necessidade de já se preverem mecanismos para ampliar a segurança do trecho, como rotatórias no acesso ao Bairro Verdes Campos, assim como ciclovias, visto que é considerável o volume de ciclistas que trafegam na via.
O titular da Semosp, Milton Geller, se dispôs a incluir a ciclovia ao projeto inicial, visto que a rotatória já está contemplada. “Sim, esta é uma preocupação que também é nossa, e poderemos já começar a limpeza do trecho de forma a garantir espaço para a pista de rolagem – de 7 metros – e para uma ciclovia, de 2 metros”, prontificou-se.
“Com o asfalto, que trará muito mais qualidade de vida a todos da região, certamente a velocidade dos veículos será mais alta e sim, é fundamental já pensarmos em estruturas que garantam a segurança de todos que passarão a utilizar aquele trecho”, complementou o prefeito Ari Lafin, solicitado que a ciclovia seja executada à parte, e não na mesma pista de rolagem, somente dividida por tachões.
“Para não encarecer a obra, a cliclovia pode ser executada em micro [microrrevestimento asfáltico a frio], mais que suficiente para a estrutura, e mais em conta que o CBUQ”, contribuiu o prefeito.
A partir de agora, ao mesmo tempo que as equipes da Prefeitura começam o trabalho de limpeza e preparação do trecho para receber o asfalto, moradores e representantes do Executivo seguirão com reuniões rotineiras, a partir da criação de um grupo de trabalho específico para o acompanhamento de todo o trabalho. “É indispensável a participação da população neste processo, tirando dúvidas, acompanhando cada avanço, para que, depois, quando a contribuição for cobrada, todos já estejam cientes do que será cobrado”, acrescentou Ari.
Texto: Nádia Mastella
Fotos: Giovani Oliveira
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