A falta de engajamento dos colaboradores nas empresas acarreta um desperdício anual monumental – US$ 8,8 trilhões (em torno de R$ 44 trilhões) em produtividade, equivalente a 9% do PIB global, de acordo com o State of the global workplace: 2023 Report, publicado pelo Instituto Gallup.
O Brasil confirma esta realidade. Por aqui, 40% dos trabalhadores estão comprometidos com seus empregadores, evidenciando um elevado gap de engajamento, conforme o índice “Engaja S/A”, realizado pela FGV EAESP, em parceria com a Flash e o Talenses Group.
Em um cenário empresarial cada vez mais competitivo, esta realidade abre oportunidade para uma série de análises que evidenciam a necessidade de mudanças urgentes na cultura corporativa.
“A satisfação dos colaboradores não é apenas um indicador, mas uma alavanca estratégica fundamental para estimular a produtividade, rentabilidade e retenção de talentos”, analisa o empresário, empreendedor social e palestrante Marcio Zeppelini, o Zeppa.
Segundo ele, mesmo com o reconhecimento dessa característica, ainda não foi encontrado um caminho definitivo para reverter esse quadro negativo. Colabora para isso o fato de que a maioria das pesquisas sobre engajamento é incompleta, pois aborda a questão somente do ponto de vista emocional e psicológico do indivíduo.
“É necessário explorar esse tema sob a ótica das práticas corporativas, oferecendo resultados tangíveis para profissionais em todos os níveis hierárquicos”, complementa Zeppa.
O empreendedor social ressalta a existência de alguns pilares fundamentais para promover o engajamento dos colaboradores nas empresas, como a criação de um ambiente de trabalho positivo, de modo a conectar as atividades diárias aos objetivos da organização.
A lista segue com a implementação de boas práticas de gestão, a construção da confiança na liderança, o investimento no desenvolvimento profissional dos colaboradores e o incentivo à prática do trabalho voluntário, assim como a remuneração justa, que não pode ser negligenciada.
“O engajamento de equipes vai muito além de uma simples métrica, ela é um componente essencial para levar as empresas ao sucesso, pois convida os líderes empresariais a investirem em práticas que promovam o desenvolvimento humano e a construção de uma cultura organizacional sólida”, argumenta Zeppa, lembrando que essas são medidas essenciais para manter as equipes motivadas e alinhadas aos propósitos da empresa.
Líderes e gestores, ao implementarem práticas corporativas centradas no desenvolvimento humano e na construção de uma cultura organizacional sólida, não apenas impulsionam a produtividade, mas também fortalecem o impacto positivo de suas empresas na sociedade.
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