A iniciativa, inspirada por uma missão crucial, une forças com quatro organizações selecionadas estrategicamente para promover a produção responsável e preservar a biodiversidade: a Cooplantas (Cooperativa de Produção de Plantas Medicinais), que fica em Itaberá-SP, Aopa (Associação para o Desenvolvimento da Agroecologia), atuante em Curitiba-PR, APACO (Associação dos Pequenos Agricultores do Oeste Catarinense), de Chapecó-SC, e a Associação Comunitária dos Agricultores Familiares Quilombolas de Cangula, localizada em Alagoinhas-BA.
Essas organizações atuam na produção sustentável, no beneficiamento e na comercialização de produtos provenientes de plantas medicinais, valorizando o conhecimento transmitido por gerações e resgatando a cultura de povos tradicionais e originários na produção de chás, cosméticos e outros produtos fitoterápicos.
Para Jéssica Nobre, Coordenadora do Projeto, a iniciativa é importante para o fortalecimento de plantas medicinais no Brasil. “As ações do projeto, como a prestação de assistência técnica, implantação de quintais produtivos, sistemas agroflorestais, cursos de boas práticas sustentáveis, plantio de ervas medicinais e árvores nativas, visam o enriquecimento das áreas de florestas, equilibrando o ecossistema e conservando a biodiversidade”, explica Jéssica.
A Associação Cangula, uma das organizações parceiras de Alagoinhas-BA, atua desde 1998 com o intuito de firmar parcerias com órgãos públicos e privados para desenvolver projetos voltados ao crescimento social e econômico da comunidade. Desde 2017, a organização vem implementando a “Farmácia Verde”, com a missão de promover o uso de plantas medicinais, resgatando a cultura quilombola, enquanto proporciona renda e vidas saudáveis. O espaço produz sabonetes e velas artesanais, com propriedades medicinais e terapêuticas.
Para Edvanio dos Santos, morador da comunidade e Secretário da Associação, o Projeto Fitoterápicos veio agregar novos conhecimentos, como a certificação agroecológica e orgânica promovida pelo projeto, que garante aos consumidores a qualidade da produção nos padrões da agricultura orgânica.
Foto: Divulgação / Humanas Brasil / Participantes e equipe do Projeto Fitoterápicos.
“Nós tivemos formações para melhorarmos o nosso aprendizado sobre as plantas medicinais, seus tipos e funções, pois muitas das vezes conhecemos, mas não compreendemos a sua utilidade. Essas formações estão abrindo o nosso leque de conhecimento”, explica Edvanio.
A Humana Brasil é uma organização sem fins lucrativos que atua desde 2007 no território brasileiro, promovendo projetos de desenvolvimento ambiental e social. A organização é responsável pela atuação do Projeto Fitoterápicos no Bioma Mata Atlântica, que conta com a parceria do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e Fundo Ambiental Global para o Meio Ambiente (GEF).
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