Em estudo realizado no início deste ano, o Brasil ficou em nono lugar, no mundo, no número de pessoas com tatuagens, com 30%, atrás de países como Itália, Suécia, Estados Unidos, Argentina e Austrália.
Como um dos lugares onde a prática é bastante popular, a procura por ela costuma ser alta, mas pode ser falha, devido a falta de informação. É comum que se busque os desenhos que tragam mais satisfação, porém, não são todos os profissionais que podem fazer todos os desenhos possíveis.
Assim como qualquer profissão, cada área possui um especialista nela, podendo criar ainda mais ramificações nos produtos entregues por eles. No mundo da tatuagem a lógica é a mesma, fazendo com que profissionais tenham profundo conhecimento em traços mais simples, em desenhos mais realistas, em tatuagens abstratas e diversas outras formas.
Dentre os principais tipos de tatuagens, estão modelos como o “Old School”, “New School”, “Bold Line”, “Neo Tradicional” e diversos outros. Muitas vezes, eles se diferem pela grossura e simplicidade do traço, pela intensidade das cores, pela forma como elas são aplicadas e até a agulha e material a serem usados. Cada detalhe conta e modifica o resultado final.
Nesse quesito de escolha, não é comum que o cliente saiba exatamente quais são as qualidades e limites do tatuador que ele escolha. Quando isso ocorre, depende unicamente do profissional avisar caso não seja possível realizar o desenho da melhor forma, algo que não é garantido. Sobre a necessidade de se saber as características do profissional, Daniel Couto, proprietário do estúdio ITattooClub, faz uma correlação com outras profissões. Para ele, “assim como se procura um médico de uma determinada área para a consulta, e um professor específico para aulas particulares, um tatuador também tem suas especialidades e características mais fortes”.
Como ele aponta, buscar algo que não é característica do tatuador pode causar um resultado ruim e uma possível cobertura ou remoção futura. Portanto, saber como funciona cada estilo e qual deles combina melhor é necessário antes de buscar qualquer outra informação.
Segundo Daniel, “com as redes sociais, como o Instagram, a facilidade de ser ver o trabalho do profissional antes de falar diretamente com ele se tornou uma saída incrível, mas, ainda assim, aparecem muitos clientes que viram os desenhos e, mesmo assim, não conseguem diferenciar o que está nas redes com o que eles querem como resultado final, e isso não é uma peculiaridade pessoal, todo tatuador já deve ter passado por isso”.
Dentre os tipos já citados, pode-se analisar que o estilo “Old School” se assemelha com os traços mais antigos, muito relacionados com os marinheiros, precursores da moda das tatuagens pelos EUA, e depois, pelo mundo. Enquanto isso, o “New School” lembra o tipo de desenho dos cartoons e grafites, com cores vibrantes e diversas tonalidades possíveis. Há, também, um estilo que junta os dois primeiros, relembrando os personagens e desenhos de quadrinhos, chamado de “Bold Line”.
Além desses, tipos como o “Neo Tradicional”, que une os traços do “Old School” com as cores do “New School”, “Tribal”, já conhecidos pelos traços que relembram tribos antigas e que foram sucesso nos anos 1990 e o “Oriental”, que fecha o corpo todo, ou parte dele, e ficou famoso graças à Yakuza, também costumam atrair os desejos das pessoas.
Existem mais tipos de tatuagens, mas cada profissional pode ter mais de um ou explicar com mais calma para o cliente o que seria viável de se fazer. Por isso, quanto mais informações forem possíveis de se obter, melhor será o resultado, contanto que a escolha seja acertada.
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