Diversas entidades do Governo do Estado e da sociedade civil lançaram nesta quarta-feira (31) aCampanha de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, que visa orientar a população sobre os riscos e consequências que o incêndio florestal pode trazer para o meio ambiente e a comunidade. O evento aconteceu na sede do IDR-Paraná.
Entre as ações de conscientização previstas estão a distribuição de materiais educativos e orientações sobre como os incêndios começam, o que fazer ao avistar um foco de incêndio e como denunciar.O slogan é “Não temos tempo a perder. Precisamos evitar os incêndios florestais agora”.
O lançamento ocorre neste período do ano por concentrar os meses com mais ocorrências de incêndio devido à vegetação mais seca, baixa humidade do ar e estiagem. São fatores que facilitam a propagação das chamas, principalmente nos dias após a ocorrência de geada.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma média de 7 mil casos de incêndios florestais são atendidos por ano no Paraná. Em 2022 foram 4.693 e em 2021, durante a crise hídrica, mais de 10 mil atendimentos. A diminuição nos números leva em conta o inverno chuvoso do ano passado.
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, participou do lançamento e ressaltou o trabalho de prevenção, orientando sobre pequenas ações quem podem evitar grandes prejuízos. “São ações simples que todos podem adotar para evitar os focos de incêndios e prevenir maiores desastres. As orientações previstas nesta campanha, bem construída, com bons materiais ilustrativos, têm muita relevância”, afirmou.
O secretário também reforçou o empenho do Governo do Estado na missão de criar uma agricultura mais verde. “O crescimento da agricultura paranaense chama a atenção mundial e qualquer coisa errada que façamos cria uma imagem negativa. Precisamos mostrar que estamos preocupados em fazer uma agricultura cada vez mais sustentável”, concluiu.
Como presidente interina do IDR-Paraná, a diretora Solange Maria da Rosa Coelho fez questão de ressaltar o quanto esta campanha contribui para a preservação do meio ambiente, que é responsabilidade de todos.
“Quando perguntam minha formação, digo que sou formada de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. E essa é a formação de todos nós, que dividimos o mesmo ambiente. Temos o dever de fazer escolhas que preservem essa casa que dividimos. E essa conjugação de várias entidades e pessoas contribui para que a gente tenha sucesso em evitar uma ação tão penosa ao nosso ambiente, que é o incêndio florestal”, afirmou.
“Todo o corpo técnico do IDR-Paraná está comprometido com as ações que forem importantes para o sucesso desta campanha, principalmente na informação técnica ao agricultor”, reforçou.
Quem apresentou a campanha foi o presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Zaid Ahmad Nasser. Ele salientou que o tema deste ano chama atenção para o tempo e a responsabilidade de cada um. “Esta iniciativa já faz parte do nosso calendário e a ideia é se antecipar ao problema, com foco na prevenção. Faz parte das ações a divulgação ampla dos materiais para que a informação chegue ao maior número de pessoas possíveis. Também contamos com torres de monitoramento para combater focos de incêndio e evitar maiores prejuízos”, completou.
MASCOTE– Outra novidade deste ano é que a campanha terá uma mascote: a abelha nativa. Todos os anos a campanha deve escolher uma mascote diferente. No Paraná, elas estão presentes no programa Poliniza Paraná, que leva colmeias de abelhas sem ferrão a parques e Unidades de Conservação, e em ações estratégicas de meio ambiente das empresas públicas.
De acordo com Amauri Ferreira, gerente de Políticas Públicas do IDR-Paraná, a escolha das abelhas leva em consideração o fato delas serem as primeiras afetadas quando ocorre um incêndio. “Com a destruição de seu lar e de seu habitat, as abelhas são muito afetadas. Além disso, elas servem como indicador de sustentabilidade. Qualquer problema ambiental é prejudicial à vida das abelhas”, afirmou.
Pensando nesta conscientização, foram instalados, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Paraná, três meliponários no jardim de entrada do IDR-Paraná, a exemplo dos Jardins de Mel do Palácio Iguaçu .
CAMPANHA–Esta é uma campanha do IDR-Paraná, APRE, Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Embrapa Florestas, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef), Instituto Água e Terra (IAT), Rede Nacional de Brigadas Voluntárias (RNBV), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Paraná, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-PR), Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) e Universidade Federal do Paraná (UFPR). Acesse os materiais AQUI .
CRIME– A cada 10 incêndios florestais, nove são causados por alguma irresponsabilidade humana. Causar incêndios, mesmo que sem querer, é considerado crime e o infrator pode ser penalizado com reclusão de dois a quatro anos e multa que varia entre R$ 5 mil e R$ 50 milhões, dependendo do número de hectares afetados pelo fogo e dos danos causados à fauna e à flora. Atear fogo para limpar a vegetação, jogar lixo na beira de rodovias, acender fogueiras perto das árvores, fumar próximo a plantações e soltar balões são algumas das ações que podem dar início aos incêndios.
O QUE FAZER–Ao avistar um foco de incêndio a orientação é de nunca tentar combater o fogo sozinho. Realizar este processo sem o treinamento adequado pode colocar a pessoa em perigo. A orientação é procurar um local seguro, avisar os vizinhos e acionar o Corpo de Bombeiros através do número 193.
Mais informações no site https://www.paranacontraincendioflorestal.com/
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