A vereadora Marta Rodrigues (PT) reforçou, nesta quinta-feira (13), a urgência da Petrobras em rever a política de preços que torna os valores dos combustíveis incompatíveis não só com a realidade da renda da população brasileira, mas também com as características de produção do Brasil.
Ela afirma que é preciso mobilizar pela agilidade na reforma do Conselho Representativo da empresa, capaz de mudar essa política. “Não existe lei, mas o conselho estabeleceu isso. Antes disso, lei das estatais estabelece que tem que ser preço de mercado, sem dizer exatamente de que mercado”.
Segundo ela, o modelo de paridade de importação adotado pelo governo Temer e mantido por Bolsonaro, é um golpe na população, pois não condiz com a realidade do Brasil, país que produz mais para consumo próprio, importando apenas 20% da sua produção, enquanto o modelo estabelece valor do produto acrescido de taxas , valor internalizado e custos de internalização como se fosse importado ou para importação.
“Pagamos por um produto produzido e consumido aqui com valor de importação”.
Para Marta, a política de preços é um escárnio, pois nitidamente transfere riquezas nacionais para os acionistas minoritários da Petrobras, a maioria deles fundos estrangeiros que operam nas bolsas internacionais.. “Pagamos por um produto produzido e consumido aqui com valor de importado, o preço que a população paga é meramente especulativo, incoerente com a realidade”
Ela cita, por exemplo, a Acelen, pertencente ao grupo árabe, que privatizou a refinaria Landulpho Alves, e estabelece uma tabela de reajustes semanais seguindo este modelo. “A Ácelen que só vende no Bbrasil, que não é importadora, a gasolina que ela produz e vende tem custos de importação que não existe”.
Conforme a vereadora, a população paga um preço pelos combustíveis que é meramente especulativo e incoerente. “Se a Opep decidir aumentar o barril, aumenta, mas se a moeda desvalorizar, aumenta também. Como temos a combinação do preço do produto com o preço da moeda, a operação será sempre para o aumento”, acrescentou.
De acordo com Marta Rodrigues, a sociedade organizada, os sindicatos, e as associações faz um debate muito amplo sobre a importância da Petrobras reformar seu Conselho Administrativo “Este momento é crucial para pressionarmos para que ela volte a ser uma empresa estatal compromissada com o desenvolvimento econômico e social do povo brasileiro, pois ela é fundamental na promoção de dignidade, cidadania e direitos humanos, em promover renda, melhoria de vida e combate a fome e a pobreza”, disse, fazendo coro ao presidente da Aepet-Ba Marcos André.
Salvador — Um movimento também tem se formado para trazer de volta a Petrobras para Salvador. O presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras — Núcleo Bahia (Aepet-Ba), Marcos André, defendeu a manutenção da Petrobras na Bahia e frisou que a saída da empresa de Salvador gerou diversos prejuízos. “Quem defende Salvador e a geração de empregos e salários dignos precisa defender a manutenção da Petrobras. É uma tarefa de todos que querem o bem da cidade e do estado”, declarou.
Segundo Marcos André, dizer que na Bahia ter as ações da Petrobras significa recolhimento de tributos aos municípios, a universidade da Petrobras, o Cofic, o conjunto Pituba que conseguia juntar todas as atividades da Petrobras na Bahia numa única sede com estimativa de 10 mil empregados “esses empregos seriam para Salvador”, declarou.
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