O Governo de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Assistência Social, Mulher e Família, se reuniu nesta semana com a Polícia Federal para discutir a regularização de documentos de imigrantes que chegam ao estado. Dados apontam que 146 municípios já receberam pessoas de outras nacionalidades e o acolhimento ainda é um desafio.
A gerente de Políticas para Igualdade Racial e Imigrantes da SAS, Regina Célia da Silva Suenes, explica que a regularização documental dos imigrantes é uma das maiores dificuldades dos municípios catarinenses. Por isso, o intuito da reunião foi buscar estratégias para melhorar e facilitar esse processo.
“Hoje temos um percentual muito grande de imigrantes que chegam a Santa Catarina sem documentos. Claro que muitos daqueles que têm o documento vêm inclusive com a vaga de emprego acertada, Carteira do Registro Nacional Migratório e entram de uma forma estruturada, os demais encontram muito mais desafios com trabalho, habitação entre outras situações”.
Segundo dados do Sistema Sismigra da PF, entre 2020 e 2022, mais de 106 mil imigrantes chegaram a Santa Catarina, mas a expectativa é de que esse número seja muito maior já que muitos ainda não regularizaram sua situação documental. “A nossa preocupação é justamente essa lacuna de dados e com o acesso deles aos serviços e a várias políticas, seja da Assistência Social, Saúde ou Educação”, completa Regina.
Regina ressalta que o atendimento aos imigrantes é um processo intersetorial e a articulação com outras secretarias de governo tem sido importante para garantir o atendimento adequado aos imigrantes. “Ainda estamos nesse processo, inclusive para ter acesso aos dados e fazer um planejamento de ações que possam beneficiá-los”.
Além dos dados do Sismigra a SAS também estuda dados do Cadastro Único feito pelos municípios e que inclui 35 mil imigrantes de 126 nacionalidades em 246 municípios de Santa Catarina. “Sabemos que ainda são poucos cadastrados mais isso já dá uma visibilidade do contexto para entendermos o que está acontecendo, se estão sendo atendidos em relação a todas as políticas públicas”, afirma.
A SAS também tem grupos de trabalho para imigração onde são feitas tratativas e propostas de ações em parceria com associações de municípios, universidades e organizações não governamentais como Círculos de Hospitalidade, Cáritas e Serviço Jesuíta, entre outras. “Esse é um trabalho integrado e não pode ser solitário. Precisamos de todos”, conclui.
Texto: Helena Marquardt
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família
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