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Mulheres ocupam Centro do Rio e homenageiam Marielle em ato 8M

Entre as principais pautas, o fim do feminicídio e igualdade de renda

08/03/2023 às 22h31
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Agência Brasil
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© Fernando Frazão/Agência Brasil
© Fernando Frazão/Agência Brasil

Mulheres de centrais sindicais, movimentos e organizações da sociedade civil fizeram nesta quarta-feira (8) uma manifestação no Centro do Rio de Janeiro pelo Dia Internacional da Mulher. O ato, chamado de 8M, em referência à data histórica, levantou diferentes pautas relacionadas aos direitos das mulheres, como o fim do feminicídio, igualdade de emprego e renda, legalização do aborto, escolas e creches gratuitas e políticas para combater a fome. A concentração aconteceu em frente à igreja da Candelária no fim da tarde, de onde todas seguiram em marcha até a Cinelândia.

Um dos destaques nos cartazes e gritos de protesto foram as homenagens à vereadora Marielle Franco. No próximo dia 14, completam cinco anos do assassinato dela e do motorista Anderson Gomes. As mulheres lembraram a atuação da vereadora em defesa das pautas feministas, antirracistas e dos direitos dos grupos LGBTQIA+. Além de cobrarem uma solução para o crime, destacaram a importância de celebrar a memória de Marielle, que virou inspiração para que as mulheres ocupem mais espaços de poder.

“A gente não fala mais de 8 de Março sem falar de 14 de Março. O meu último encontro com Marielle Franco foi no dia 8 de Março, nas ruas, lá em 2018. E depois veio aquela trágica notícia da morte dela, do assassinato político. A gente já aprendeu que precisa trabalhar todo mundo junto para que as mulheres participem da política com qualidade. Isso é honrar também o legado de Marielle”, disse a vereadora Thais Ferreira (Psol).

Mulheres fazem passeata no Dia Internacional da Mulher - 8M, por direitos e contra a violência e o feminicídio, no centro da cidade. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil -Fernando Frazão/Agência Brasil
Mulheres fazem passeata no Dia Internacional da Mulher - 8M, por direitos e contra a violência e o feminicídio, no centro da cidade. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil -Fernando Frazão/Agência Brasil

Como expressão de uma luta histórica, o ato reuniu mulheres de diferentes idades. A funcionária pública Maria Teresa Silveira, de 72 anos, participa há décadas do 8 de março. E a preocupação é tanto garantir a manutenção dos direitos conquistados como brigar para que as próximas gerações tenham uma sociedade ainda mais igualitária.

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“As mulheres que trabalham nas favelas, nos sindicatos, nas universidades vêm lutando para que a gente conquiste coisas melhores na vida. Nossas crianças estão aí, sem escola, sem aula, sem professores, sem merenda, porque o governo anterior tirou tudo da gente. Nós precisamos investir na educação e continuar na luta”.

Cristiane Malungo, pedagoga de 50 anos, celebrou a diversidade da manifestação e destacou a necessidade de continuar nas ruas para estimular mais mulheres a participar dos coletivos feministas.

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“Estar aqui de novo, nas ruas, com mulheres tão diversas, pretas, brancas, da classe trabalhadora, dos sindicatos e universidades. Significa que a gente nunca parou. A gente sempre foi resistência. E o ato público faz com que as nossas pautas e reivindicações também possam tomar as ruas e os ouvidos de tantas mulheres. Algumas que estão passando de ônibus aqui, que sofrem essas dores, mas que talvez não tenham ainda a dimensão do que é a luta feminista”.

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