A primeira campanha de atualização cadastral de rebanhos no Piauí registrou 1,7 milhão de bovinos declarados, o que representa 79,13% do total do rebanho estadual. No ano passado, o Estado contabilizou 2.174.174 cabeças de gado. Os dados fazem parte de um relatório divulgado, nesta semana, pela Secretaria de Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi).
De acordo com o levantamento, o Piauí possui 60.105 propriedades com criação de gado. Destas, pouco mais de 40.1 mil realizaram a atualização do rebanho durante os 60 dias da campanha. O relatório da Adapi também aponta que, dos 224 municípios do Piauí, 59,82% atingiram mais de 70% de atualização cadastral. Em 24 cidades, o recadastramento chegou a 100%, enquanto 14 municípios registraram índices inferiores a 40%.
Os criadores que não cumpriram o prazo serão notificados e podem sofrer penalidades, como a impossibilidade de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento essencial para a comercialização e o transporte de animais entre propriedades e para frigoríficos. No entanto, os produtores rurais podem ainda se dirigir aos escritórios da Adapi mais próximo para providenciarem a regularização.
O secretário da Sada, Fábio Abreu, comemorou o resultado da campanha. "A atualização é fundamental para garantir a segurança sanitária do rebanho. Além disso, essa é mais uma etapa na busca do reconhecimento internacional do Piauí como área livre de febre aftosa sem vacinação, um status concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)", destacou Abreu. O evento de reconhecimento acontecerá em maio, em Paris, na França.
A atualização do rebanho é obrigatória e ocorre duas vezes ao ano. A próxima etapa está programada para ocorrer nos meses de maio e junho de 2025. "Esse processo não se limita aos bovinos, mas abrange todos os produtores que atuam na pecuária", explicou Simone Lima, coordenadora de Defesa Animal da Adapi.
No Piauí, há mais de 217 mil propriedades com criação de ovinos, caprinos, suínos, equinos e bubalinos, entre outros animais. "Com a conclusão desta campanha, teremos dados mais precisos sobre os rebanhos, o que melhora o planejamento das ações de sanidade animal. Isso fortalece as cadeias produtivas e impulsiona o desenvolvimento econômico e social do estado", ressaltou Simone Lima.
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