A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência Administrativa, do Núcleo de Gestão do Trabalho e do Núcleo de Doenças Crônicas e Negligenciadas, realizou nesta quinta-feira (23) mais uma ação através do projeto “Meu Trabalho Me Faz Bem”. A atividade, voltada para os servidores, faz parte do Janeiro Roxo – mês dedicado à conscientização sobre a hanseníase – e destacou a importância do diagnóstico precoce, da prevenção e do combate ao estigma em relação à doença.
Durante a ação, foram realizadas orientações sobre os sinais e sintomas da hanseníase, métodos de prevenção e tratamento, além de serviços de saúde como aferição de pressão arterial e testes de glicemia. Segundo Elaine Farias, coordenadora do projeto, a iniciativa reforça o papel da SES na promoção da saúde do trabalhador e no combate a doenças negligenciadas. “O projeto ‘Meu Trabalho Me Faz Bem’ realiza ações mensais vinculadas ao calendário do SUS, abordando temas como saúde mental, câncer, hepatites e hanseníase. Hoje, o foco está na hanseníase, para mostrar as formas de prevenção, tratamento e identificação do problema. Nossa equipe está promovendo uma exposição temática e oferecendo outros serviços aos servidores”, destacou.
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, que afeta principalmente a pele e os nervos periféricos. A transmissão ocorre por contato prolongado com pessoas doentes que não estejam em tratamento. Apesar de antiga, a hanseníase ainda é uma preocupação de saúde pública, especialmente na Paraíba.
De acordo com a técnica do Núcleo de Doenças Crônicas e Negligenciadas, Jaíza Almeida, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar sequelas irreversíveis. “A hanseníase é uma doença antiga, mas que ainda está presente no nosso estado. Durante o Janeiro Roxo, reforçamos a importância de que as pessoas procurem uma Unidade de Saúde ao notarem manchas com perda de sensibilidade. Quanto mais cedo for o diagnóstico, maior a chance de evitar complicações. Nosso objetivo é levar informação para reduzir o preconceito e o estigma, fortalecendo o conceito verdadeiro sobre a doença”, explicou.
A programação do Janeiro Roxo inclui uma série de atividades, como o webinário “Hanseníase em Foco”, realizado no dia 21, e capacitações para profissionais de saúde em Mamanguape. No próximo dia 28, haverá uma ação com panfletagem na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e, no dia 30,oNúcleo de Doenças Crônicas e Negligenciadaspromoverá a 1ª Reunião de Coordenadores de Vigilância Epidemiológica e Atenção Primária da 1ª Macrorregião de Saúde, com apresentação do cenário epidemiológico da hanseníase na Paraíba e exibição de um documentário sobre o tema.
Os dados mais recentes, apresentados no boletim epidemiológico n° 01/2025, mostram uma queda no número de casos de hanseníase na Paraíba. Em 2023, foram registrados 463 novos casos, enquanto, em 2024, esse número caiu para 416.
“É fundamental aproveitar momentos como este para reforçar que a hanseníase ainda é uma realidade em nosso estado. Muitas pessoas acreditam que a doença não existe mais, mas ela é considerada uma doença negligenciada, e ações como essa são essenciais para lembrar que ela pode ser prevenida e tratada. O foco principal está em promover a educação em saúde, ajudando as pessoas a conhecerem os sinais e sintomas da hanseníase. É importante que elas aprendam a se observar, como olhar no espelho e identificar manchas no próprio corpo ou em familiares que possam indicar a doença. Aqui na SES, o objetivo é esclarecer dúvidas, orientar sobre o diagnóstico precoce e incentivar a disseminação dessas informações para a comunidade”, reforçou Anna Stella Pachá, chefe do Núcleo de Doenças Crônicas e Negligenciadas.
A hanseníase é tratável e o diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e interromper a transmissão da bactéria. O tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para mais informações, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima.
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