No período de 2 a 7 de dezembro, a primeira fase da Operação Piracema resultou na apreensão de quatro mil metros de redes de pesca ilegais no Piauí. A operação é realizada por auditores da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), com apoio de homens do Batalhão de Policiamento Ambiental.
A ação aconteceu no Rio Parnaíba e seus afluentes localizados na região Norte do estado. A maior parte do material irregular foi recolhido na Lagoa do Cajueiro, na cidade de Joaquim Pires, e em Barras.
Essa operação reforça a proibição da pesca com redes durante o período do defeso da piracema, essencial para proteger a reprodução dos peixes.
O Major Dênio Marinho, diretor de Fiscalização da Semarh, explicou as regras de pesca permitidas: uso exclusivo de linhas de mão, vara, anzol, molinete ou carretilha com iscas naturais ou artificiais. Tarrafas são permitidas apenas para pescadores profissionais, com malha entre 20 e 30 mm e altura máxima de 2 metros, limitando a captura a 5 kg de peixe por dia, com um exemplar adicional para pescadores registrados.
O período do defeso da piracema, vigente de 16 de novembro a 16 de março de 2025, proíbe a pesca em um raio de 1500 metros antes e depois de barragens, cachoeiras e corredeiras do Rio Parnaíba. Eventos de pesca, como campeonatos, também estão suspensos.
O secretário do Meio Ambiente, Daniel Oliveira, destacou a importância deste período para a preservação das espécies e o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos. "Antes das fiscalizações, a Semarh realizou uma campanha de conscientização junto às associações de pescadores, explicando as regras do período do defeso. A Operação Piracema demonstra o compromisso das autoridades em proteger os recursos pesqueiros do Piauí. A fiscalização rigorosa, combinada com ações de conscientização, contribui para a preservação da biodiversidade e a sustentabilidade da pesca na região", declarou.
Mín. 23° Máx. 28°