Política OPINIÃO
A Eleição na Bahia
Enquanto o PT baiano se dá ao luxo de Wagner passar a bola para Otto, Otto dominar e devolver para Rui, Rui driblar dois e deixarJerônimo de cara pra o gol, o time de Neto não tem o que fazer. Não tem banco, não tem jogador reserva a altura e, ele vai ter mesmo de jogar capengando até o final.
25/03/2022 22h03
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Ridnaruj/Salvador
Se Jerônimo já tem 37% sem mover uma palha, imagine quando começar a percorrer a Bahia ao lado de Rui, Otto e de Lula? Foto Divulgação PT Bahia

Sim, não é todo dia que você vê um candidato pouco conhecido, anunciado há apenas 15 dias e ainda não homologado, bater na casa dos 37% das intenções de votos, contra um candidato que vem marinando em campanha há 8 anos e só tem 43%  de expectativas de votos.

Registre-se que Neto não tem chapa com presidente. Como a 3° via não vai decolar, ele vai ter mesmo é de assumir o estrume que ele ajudou a eleger em 2018 e, que hoje é o rei das rejeições no Brasil e na Bahia.

Em outro polo, a campanha do (PT) ainda não começou. Se Jerônimo já tem 37% sem mover uma palha, imagine quando começar a percorrer a Bahia ao lado de Rui, Otto e de Lula?

Continua após a publicidade
google.com, pub-9319522921342289, DIRECT, f08c47fec0942fa0

Em outra análise, imagine o quanto  Leão já não deve estar arrependido da sua volúpia, perdendo prefeituras para Rui e já tomando 16 pontos de poeira para Otto.

Da mesma forma, quão magoados não devem estar Gualberto, Marinho e Zé Ronaldo, indo para a segunda fila, para ceder lugar para os novatos de última hora.

Continua após a publicidade
google.com, pub-9319522921342289, DIRECT, f08c47fec0942fa0

A eleição na Bahia será épica e parece que com a saída de Wagner do páreo, ACM Neto que já tinha enredo e discurso pronto, tomou um cavalo de pau e terá de refazer a agenda, focando na educação (quando a da capital também não é boa), perdendo força seu discurso da segurança pública, porque não terá a quem cobrar.

Nessa conjuntura, dia 31 de março Lula virá à Bahia lançar a sua chapa da terrinha. O que se seguira é uma incógnita. Contudo, podemos cravar: ele desfará esse malfadado discurso da mídia e dos Institutos de Pesquisa, de  que Jerônimo sozinho tem X e que com ele tem Y.

Continua após a publicidade

Ora, com quem Lula há de estar se não for com  Jerônimo? Acaso será com Neto? Elementar!!!!

Jerônimo é o candidato nato do (PT), portanto, só faria sentido essa conjectura de Jerônimo sem Lula, se ambos não fossem do mesmo partido e estivessem ainda costurando alianças.

Portanto, paira como tolice  tendenciosa, esse esforço torpe que a mídia faz, para mostrar como sem Lula aliado de Jerônimo, ACM Neto, cresceria de vez nas pesquisas, visto que na realidade crua e nua, Lula é candidato, Jerônimo é o seu candidato a governador e, a cada dia, a cada nova pesquisa, Jerônimo só faz crescer e se  aproxima rapidamente do candidato das elites.

Dessa forma, já temos um quadro fixo do que será a eleição 2022, a governador na Bahia: ACM Neto manchará o seu currículo e seus asseclas traíras serão desmoralizados.

Vem aí a Rodoviária nova, vem aí a linha nova do metrô, vem aí o VLT,  vem aí o início da ponte de Itaparica, vem aí várias estradas, vem aí maternidades, vem aí novos colégios, hospitais, upas, concursos, ajuda a agricultura familiar, obras de contenção....., vem aí a continuidade das obras tamanho G do governo do (PT) e o bicho pegará.

No resumo, a Bahia tem memória e vai ter de decidir, se fica com o grupo que travou o metrô por 14 anos, ou com quem botou ele nos trilhos. 

A Bahia terá que decidir se fica com o grupo que apoiou Geddel e suas malas de dinheiro ou com o grupo que defendeu a apuração honesta dos fatos.

A Bahia terá que decidir se apoiará o grupo que votou a favor das reformas  Trabalhista e Previdenciária  de Temer e Bolsonaro, ou quem votou contra para defender os trabalhadores.

A Bahia terá de decidir se fica com o grupo que fez as maiores obras em Salvador ou com o grupo que fez obras  paliativas.

A Bahia terá de decidir se fica do lado do grupo do DEM, que apoiou Moro e Dallangnol na injusta prisão de Lula ou com o grupo que lutou para provar a sua inocência.

A Bahia terá de decidir se fica do lado do partido de Neto, com 2 ministros no governo Bolsonaro ou do grupo que denuncia o preço da cesta básica, do gás de cozinha, da cesta básica, da gasolina e dos tributos de água e de energia.

A Bahia terá que decidir, se  ficará ao lado do grupo de Rui, Alckimim e de Lula ou se ficará do lado de Neto, Roma e Bolsonaro.

Na Bahia não há meio-termo: ou se acende uma vela para Deus ou para o Diabo.