O líder da Federação PT, PC Do B e PV na Assembleia Legislativa, deputado Robinson Almeida, defendeu, na sessão plenária desta quarta-feira (16), a revitalização do Estaleiro Enseada Paraguaçu pelo governo do presidente Lula (PT), no Recôncavo Baiano, como medida estratégica para reativação da indústria naval brasileira e para a geração de emprego e distribuição de renda na região de Maragogipe. O parlamentar anunciou a visita de uma comitiva do governo federal e de representantes da Petrobras, liderada pelo deputado federal Jorge Solla (PT), em Maragogipe na próxima sexta-feira (18), às 9h, para discutir o assunto com a comunidade local. Mais cedo, em entrevista a um canal oficial do governo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, informou que o estaleiro Paraguaçu será reativado com o novo PAC, anunciado pelo presidente Lula na última sexta-feira (11), como parte da estratégia de retomar a indústria naval no Brasil com a construção de embarcações e navios para a produção de petróleo.
“É um equipamento importante pra gerar empregos na Bahia e para o Brasil, empregos para nova juventude que mora em Cruz das Almas, Santo Antônio de Jesus, Saubara, Santo Amaro, no Recôncavo, que ficaram sem esses postos de trabalho devido à irresponsabilidade dos governos anteriores de Michel Temer e do inelegível, que desmobilizaram a estrutura que ativaria a indústria naval no Brasil e atuaram pela privatização da Petrobras”, criticou Robinson Almeida.
“Nessa sexta-feira, a partir das 9 horas, estaremos em Maragogipe com uma comitiva do governo federal, da Petrobras, liderada pelo deputado federal Jorge Solla, para discutir a reativação daquela estrutura e trabalhar pelo desenvolvimento do recôncavo e pela geração de empregos para os baianos”, destacou o parlamentar do PT.
Projetado para iniciar a fabricação de navios-sonda para a Petrobras a enseada Paraguaçu, erguida pelo consórcio Odebrecht, Kawasaki, OAS e UTC, passou a enfrentar uma crise desde 2014 após três das empresas —exceto a japonesa— serem denunciadas na Operação Lava Jato, ao lado da Sete Brasil. A crise e depois a decisão dos governos dos presidentes Michel Temer (2016-2018) e Jair Bolsonaro (2019-2022) paralisaram o estaleiro, levando a extinção de 7.462 empregos diretos. Além de navios-sonda, o equipamento também foi projetado para atuar na construção de plataformas, manutenção, reparos e consertos. Na época em que foi projetada, o inicio das obras alimentaram grandes expectativas de desenvolvimento para os municípios de Maragogipe, Saubara, Salinas da Margarida, São Félix e Cachoeira.
“O presidente Lula defendeu, no seu primeiro mandato, a partir de 2003, a decisão de defender o povo brasileiro, de colocar a Petrobras para comprar os navios e sondas aqui no Brasil, o que foi seguido pela presidenta Dilma, que montou um parque industrial naval, um dos mais respeitados do mundo, mas infelizmente depois do golpe de 2016, Michel Temer e o inelegível, na sequência, desmontaram a indústria naval porque queriam privatizar a Petrobras. Os mais de 6 mil empregos gerados no Recôncavo, depois dessa medida irresponsável, sumiram em poucos anos, deixando só o rastro de desigualdade e violência nas cidades prejudicadas”, contextualizou Robinson Almeida, na reunião com os deputados. “Agora chegou a hora de unirmos forças para reativar esse importante equipamento para o desenvolvimento da Bahia e do Brasil”, concluiu.