Para reativar a economia da Bahia e promover seu desenvolvimento, é preciso que sejam implementadas estratégias relacionadas com: 1) a promoção do desenvolvimento econômico da Bahia; 2) a redução dos desequilíbrios de desenvolvimento regional da Bahia; 3) a solução da escassez hídrica do Semiárido da Bahia; e, 4) o enfrentamento de eventos extremos da natureza na Bahia.
Além de incentivar a implantação de indústria fabricante de carros elétricos em curso visando a reindustrialização da Bahia e promover a construção da ponte Salvador-Itaparica com sua interligação à rodovia BR-324, o governo da Bahia deveria promover o desenvolvimento econômico adotando as estratégias seguintes: 1) a execução de obras federais paralisadas no Estado; 2) a execução de novas obras públicas de infraestrutura econômica (energia, transporte e comunicações) e infraestrutura social (educação, saúde, habitação e saneamento básico) contando com o apoio do governo federal; 3) a expansão do parque produtor de energias renováveis solar e eólica; 5) a implantação do setor aeroespacial na Bahia; 6) o incremento das exportações; 7) a atração de investidores para reindustrializar a Bahia, substituir importações do Estado da Bahia, expandir o parque produtor de energias renováveis solar e eólica e implantar o setor aeroespacial na Bahia; e, 8) o desenvolvimento de um robusto programa de implantação de indústrias de pequeno e médio portes no interior do Estado.
Para reduzir os desequilíbrios de desenvolvimento regional na Bahia, o governo da Bahia deveria promover: 1) a integração dos polos de crescimento e desenvolvimento da Bahia (Salvador, Camaçari, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itapetinga, Lençóis, Jequié, Ilhéus/ Itabuna, Porto Seguro, Eunápolis, Teixeira de Freitas, Juazeiro, Irecê, Guanambi, Bom Jesus da Lapa, Barreiras, entre outros) a serem ligados uns aos outros, por estradas (rodovias, ferrovias e hidrovias); 2) aproveitar o potencial de desenvolvimento endógeno de cada município e de cada região; e, 3) viabilizar suas interligações econômicas e com outras regiões do Brasil e do exterior. Todo o esforço do governo do Estado deveria ser dedicado em descentralizar o processo de desenvolvimento da Bahia. Só assim será possível reduzir o desequilíbrio existente atualmente no desenvolvimento das diversas regiões da Bahia. A integração econômica do Estado da Bahia requer a descentralização administrativa do governo do Estado através da criação de estruturas de desenvolvimento regional que articulem as ações dos governos federal, estadual e municipal em suas diversas regiões. Para reduzir os desequilíbrios de desenvolvimento regional, o governo da Bahia deveria contar com o apoio do governo Lula.
Para solucionar a escassez hídrica no Semiárido da Bahia, que corresponde a 70% do território do Estado da Bahia, é preciso promover a integração das bacias do Rio São Francisco com as bacias dos demais rios existentes na Bahia e a implantação de açudes em pontos estratégicos de seu território. Esta necessidade se impõe porque o subdesenvolvimento do Semiárido da Bahia resulta, entre outros fatores, da grande deficiência em sua infraestrutura hídrica. Os problemas que afligem a população do Semiárido, no que concerne ao acesso à água em quantidade e de boa qualidade, afetam sua saúde e restringem as oportunidades de melhorias socioeconômicas das comunidades. Para solucionar este problema, é preciso desenvolver um programa específico e determinado de construção de uma estrutura hídrica na Bahia. Diante desse quadro, urge não apenas aumentar a oferta de água, mas também sua distribuição em todas as localidades do Estado da Bahia. Há a urgente necessidade de obras estruturantes e prioritárias com o objetivo de levar à sociedade os benefícios resultantes da ampliação da oferta de água de boa qualidade para consumo humano e dessedentação animal, e da ampliação da oferta de áreas irrigadas para a produção de alimentos, geração de emprego e renda e melhoria da qualidade de vida do homem no campo na Bahia. A solução do problema da escassez hídrica no Semiárido da Bahia precisa contar com o apoio do governo Lula.
Para fazer frente a eventos climáticos extremos nas cidades, é preciso que seja realizado o controle de inundações e para lidar com o aumento do nível do mar devido à mudança climática. O controle de inundações diz respeito a todos os métodos usados para reduzir ou impedir os efeitos prejudiciais da ação das águas envolvendo medidas estruturais com obras de engenharia e medidas não estruturais. As medidas estruturais compreendem as obras de engenharia, que podem ser caracterizadas como medidas intensivas e extensivas. A elevação do nível do mar é mais um dos eventos extremos que pode acontecer resultante do aquecimento global e das mudanças climáticas. Ao longo do século XXI, projeta-se que os níveis globais do mar podem aumentar entre cerca de 61 cm e 2,13 m até 2030, e possivelmente, até 7 metros em 2100, se nada for feito para evitá-los. Projetar onde e quando esse aumento pode se traduzir em aumento de inundações parciais e inundações permanentes é importante para o planejamento de regiões e cidades costeiras da Bahia. Diante dessas ameaças, o governo da Bahia precisa atuar: 1) Construindo Paredões; 2) Usando praias e dunas como barreiras; 3) Elevando o nível das estradas; 4) Bombeando águas pluviais; 5) Atualizando sistemas de esgoto; 6) Criando infraestrutura natural; 7) Diminuindo o afundamento de terra; e, 8) Realocando populações. Além dessas soluções, deveriam ser adotadas simultaneamente as medidas preconizadas pelo Acordo de Paris sobre o clima visando reduzir a emissão global dos gases de efeito estufa (dióxido de carbono, óxido nitroso, entre outros) para evitar o aquecimento global de mais de 2 graus Celsius (°C) até o fim do século XXI.
Para assistir o vídeo, acessar o website https://www.youtube.com/watch?
Para ler o artigo completo de 6 páginas acessar os websites do Academia.edu <https://www.academia.edu/
* Fernando Alcoforado, 83, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.