Cultura Brasil Futuro.
Salvador recebe exposição ‘Brasil Futuro: as formas da democracia’.
Mais de 500 obras em celebração ao Bicentenário na Bahia.
16/07/2023 20h06
Por: Redação Fonte: GovBa
Foto: Divulgação.

A narrativa de luta e resistência popular desde a redemocratização do Brasil desenha a exposição ‘Brasil Futuro: as formas da democracia’, que chega a Salvador nesta sexta-feira (14), no Centro Cultural Solar Ferrão, no Pelourinho. Na abertura da exposição, a curadora e historiadora Lília Schwarcz falou que Salvador recebe a maior versão da exposição até agora, com mais de 500 obras distribuídas entre os três andares do centro cultural, que é administrado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC). 

“A cada lugar que chega, agregam-se trabalhos de artistas e novos curadores. A versão da capital baiana, a terceira cidade a receber o projeto, é a maior versão da exposição. Com ela, queremos dizer para a população que arte é sempre abertura, é democracia”, afirma Lília Schwarcz.

Para Adriana Cravo, a grande genialidade dessa exposição é a possibilidade de incorporar os acervos locais. “Em cada cidade que passa, vai incorporando os acervos de museus, projetos sociais e instituições, possibilitando que mais artistas, mestres e artesãos participem dessa grande exposição, que fala sobre diversidade e inclusão, e isso tem tudo a ver com a Bahia”, explicou a diretora do Solar Ferrão e uma das curadoras na Bahia.

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 A exposição, que era dividia em três núcleos – ‘Retomar Símbolos, Descolonizar’, ‘Somos Nós’ e ‘Tudo é Dádiva’ –, em Salvador ganhou mais um espaço, nomeado de ‘Tudo é Dádiva’. Pensados por Lília e os curadores Paulo Vieira, Márcio Tavares, Roberta Carvalho e Rogério Carvalho, os núcleos temáticos contam a história de diferentes grupos invisibilizados ao longo da história. A mostra conta com peças de artistas como Djanira, Mestre Didi, Mário Cravo, Denilson Baniwa, Daiara Tukano, Flávio Cerqueira e o Bastardo. 

Tem também de artistas contemporâneos, como Larissa de Souza, e artistas populares baianos, como Eduardo Ferreira, do Acervo da Laje, do subúrbio de Salvador, e o fotógrafo Lázaro Roberto, do Zumví - Arquivo Afro Fotográfico, que também foram curadores de obras locais, ao lado Adriana Cravo, Daniel Rangel, representantes do Acervo da Laje e do Zumví - Arquivo Afro Fotográfico. 

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“Escolhemos fazer aqui uma das nossas principais atividades de comemoração do bicentenário da independência do Brasil na Bahia, através das exposições, trazendo para dentro do museu que trata sobre a colonização, exatamente o tema descolonização. É a primeira vez que ele é tomado só com arte brasileira, com artistas nacionais contando a nossa história”, explicou a diretora do Ipac, Luciana Mandelli. Segundo ela, é uma exposição emblemática, que traz um convite à reflexão sobre liberdade e democracia.

A ministra Margareth Menezes, também presente na abertura, considera a exposição itinerante muito importante. “É bom a gente ter essa reflexão sobre a democracia. Foi muito assertivo começar o governo com essa exposição maravilhosa, que está correndo o Brasil. É sempre bom refletir para fortalecer a nossa democracia”, observou a ministra.

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A exposição foi inaugurada em Brasília, no dia 1º de janeiro, na posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e depois passou pelo Pará. Em Salvador, a mostra fica aberta a visitação de terça a domingo, das 10h às 18h.

Repórter Milena Fahel.