Especiais 2 de Julho, Bahia.
Viva o 2 de Julho no Litoral Norte Tupinambá.
“ A fé não costuma faiá”.
22/06/2023 19h22
Por: Colunista Fonte: Coriolano Oliveira Filho.
Foto: Divulgação

Por: Tássio S. Cardoso. Historiador e Doutor em Educação ( UNEB).

Por estas bandas de cá , antigo território Tupinambá, um tema virou a principal pauta nas rodas de conversa, seja nos espaços institucionais ou não. Mas o que vem provocando atenção da mídia, dos gestores, professores e políticos?

A inserção de Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D-àvila e Mata de São João na Rota dos festejos do 2 de Julho. Este importante fato, além de movimentar o turismo, a cultura e a economia destes municípios, faz uma reparação histórica sem precedentes, pois reconhece e legitima a participação destas cidades na luta pela consolidação da Independência do Brasil na Bahia.

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O Reconhecimento desse mérito só foi possível em virtude do minucioso trabalho do Historiador Diego Copque, que lançou recentemente o livro intitulado: “A presença do Recôncavo Norte da Bahia na consolidação da Independência do Brasil”, bem como também das primorosas pesquisas de Coriolano Oliveira Filho, cujo trabalho, abnegado e altruísta, envolve uma intensa pesquisa de uma década no qual ele investiga o papel de Ipitanga (antigo nome de Lauro de Freitas) nas guerras de Emancipação da Bahia.

Cori, como é conhecido, publicou um artigo em parceria com Vanusa Flor sobre este tema. Tal artigo faz parte do Livro: “De Ipitanga a Lauro de Freitas”, coordenado pelos historiadores Tássio Cardoso e  Gildásio Freitas. Sensível a este fato, realmente um divisor de águas na historiografia regional, o emérito educador Jose Nilton, diretor do Colégio Apoio e membro ilustre do IGHB, numa reunião realizada na última terça-feira (20/06) com os pesquisadores Coriolano e Tássio, anunciou a reedição do “Livro: De Ipitanga a Lauro de Freitas” e do raro livro “ O resumo cronológico e noticioso da Bahia desde o seu descobrimento”.

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Deste encontro, surgiu a ideia de realizar um cronograma de diálogos sobre os desdobramentos políticos, econômicos e culturais do 2 de julho na contemporaneidade” com a participação de pesquisadores renomados. Portanto, se Caetano celebrou através de suas músicas o sentimento de pertença em relação ao Recôncavo, Coriolano e outros pesquisadores, demostram, por meio de uma pesquisa consistente e pujante, que o Recôncavo têm uma cavidade maior, não apenas do ponto de vista geográfico, mas também histórico, como diria Milton Santos, “O Recôncavo é tudo isso e mais”, assim o povo do norte deste território recupera o seu pertencimento identitário, já algum tempo esquecido!

Viva o 2 de Julho nestas bandas de cá e, para finalizar, fica aqui a poesia de Gil sempre bem dita por  “Cori”: “ A fé  não costuma faiá”. 

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