Ciência Pensamento
ANÁLISE DO PENSAMENTO DE EINSTEIN E FREUD SOBRE AS CAUSAS DAS GUERRAS E AS SOLUÇÕES PARA EVITÁ-LAS.
Este é o resumo do artigo de 8 páginas artigo que tem por objetivo analisar o pensamento de Albert Einstein, o pai da Teoria da Relatividade, e o de Sigmund Freud, o pai da Psicanálise, exposto nas cartas trocadas entre eles em 1932, no interregno entre a 1ª e 2ª Guerra Mundial sobre as causas das guerras e as soluções para evitá-las.
08/06/2023 00h52
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Fernando Alcoforado*
Foto: Reprodução internet

O conteúdo dessas cartas está contido no website <https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/1033690/mod_resource/content/1/Aula%2B026%2B-%2BFreud%2B%2BEinstein.pdf>. Albert Einstein perguntou a Freud se existe alguma forma de livrar a humanidade da ameaça de guerra e se é possível controlar a evolução da mente do homem, de modo a torná-lo à prova das psicoses do ódio e da destrutividade? Em sua carta a Freud, Einstein afirmou que todas as tentativas de livrar a humanidade da ameaça de guerra terminaram em lamentável fracasso, razão pela qual solicitou que o pai da Psicanálise elucidasse o problema mediante o auxílio do seu profundo conhecimento sobre a vida instintiva do homem.  Ao solicitar a Freud que analisasse a vida instintiva do homem, Einstein parecia admitir que o comportamento violento humano resulta em maior grau de seu instinto animal e não do ambiente social onde ele vive.  

Ao tratar da problemática das guerras, Einstein considerou a necessidade de, por meio de acordo internacional, ser estruturado um organismo legislativo e judiciário que possa arbitrar todo conflito. Segundo Einstein, “cada nação submeter-se-ia à obediência às ordens emanadas desse organismo legislativo, a recorrer às suas decisões em todos os litígios, a aceitar irrestritamente suas decisões e a pôr em prática todas as medidas que o tribunal considerasse necessárias para a execução de seus decretos”. Einstein está certo ao afirmar que a classe dominante atual possui as escolas, a imprensa e, geralmente, também a Igreja, sob seu poderio que possibilita organizar e dominar as emoções das massas e torná-las instrumento da mesma minoria. Einstein pergunta a Freud se é possível controlar a evolução da mente do homem, de modo a torná-lo à prova das psicoses do ódio e da destrutividade? Aqui, Einstein não está se referindo tão-somente às chamadas massas incultas. Einstein afirma que a experiência prova que é, antes, a chamada 'Intelligentsia' a mais inclinada a ceder a essas desastrosas sugestões coletivas. Einstein solicitou a Freud que apresentasse o problema da paz mundial sob o enfoque das suas mais recentes descobertas, pois uma tal apresentação bem poderia demarcar o caminho para novos e frutíferos métodos de ação.

Freud afirma que as guerras somente serão evitadas com certeza, se a humanidade se unir para estabelecer uma autoridade central a quem será conferido o direito de arbitrar todos os conflitos de interesses. Nisto estão envolvidos claramente dois requisitos distintos: criar uma instância suprema e dotá-la do necessário poder. Uma sem a outra seria inútil. Freud defende a existência de uma instância suprema dotada do necessário poder, isto é, um governo mundial a quem seria conferido o direito de arbitrar todos os conflitos internacionais que o autor deste artigo tem defendido há bastante tempo. Freud afirma que inflamar nos homens o entusiasmo pela guerra insere a suspeita de que neles existe um instinto de morte, ódio e destruição que coopera com os esforços dos mercadores da guerra. O instinto de morte torna-se instinto destrutivo quando, com o auxílio de órgãos especiais, é dirigido para fora, para objetos. Segundo Freud, uma parte do instinto de morte, contudo, continua atuante dentro do organismo, que ele tem procurado atribuir numerosos fenômenos normais e patológicos a essa internalização do instinto de destruição. Isto serviria de justificação biológica para todos os impulsos condenáveis e perigosos contra os quais lutamos.

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Pelo exposto, Einstein e Freud defendem a existência de um governo mundial para mediar os conflitos internacionais. Ambos estão absolutamente certos porque, para que se concretize a paz perpétua em nosso planeta, seria preciso a reforma do sistema internacional atual que é incapaz de garantir a paz mundial. A ONU, que foi constituída após a 2ª Guerra Mundial, tem se mostrado tão inoperante quanto a Liga das Nações na mediação de conflitos internacionais que a precedeu entre as duas Grandes Guerras. O novo sistema internacional deveria funcionar com  base em um Contrato Social Planetário que seria a Constituição do planeta Terra na qual seriam estabelecidas as regras da convivência internacional. Einstein admite e Freud defende a tese de que existe um instinto animal no ser humano que contribui para sua agressividade. A visão de Freud é a de que a violência representa o predomínio do instinto animal que possuímos. Esta não é a opinião de eminentes pensadores como Raymond Aron (filósofo e sociólogo francês), Henri Bergson (filósofo e diplomata francês, Carl Rogers (norte-americano precursor da psicologia humanista), Jean-Jacques Rousseau (escritor e filósofo suíço) e Karl Marx (economista, filósofo, historiador e cientista político alemão) que consideram que o comportamento agressivo do ser humano resulta do ambiente social onde ele vive. Isto explicaria a escalada da criminalidade e das guerras em todas as épocas em todo o mundo. Para fazer com que os seres humanos tenham comportamento construtivo e sejam capazes de mudar o mundo ao seu redor, é preciso educar a todos com a cultura da paz e promover mudanças no ambiente social que contribuam para satisfazer as necessidades humanas, haja vista que os atos de agressividade do homem se originam sempre em um fenômeno externo e não internamente ao indivíduo.   

Para assistir o vídeo, acessar o website https://www.youtube.com/watch?v=D5TB5G__1p4

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Para ler o artigo completo de 8 páginas em Português, Inglês e Francês, acessar os websites do Academia.edu <https://www.academia.edu/102650426/AN%C3%81LISE_DO_PENSAMENTO_DE_EINSTEIN_E_FREUD_SOBRE_AS_CAUSAS_DAS_GUERRAS_E_AS_SOLU%C3%87%C3%95ES_PARA_EVIT%C3%81_LAS>, <https://www.academia.edu/102650545/ANALYSIS_OF_EINSTEIN_AND_FREUDS_THOUGHT_ON_THE_CAUSES_OF_WARS_AND_THE_SOLUTIONS_TO_AVOID_THEM>  e <https://www.academia.edu/102650925/ANALYSE_DE_LA_PENS%C3%89E_DEINSTEIN_ET_DE_FREUD_SUR_LES_CAUSES_DES_GUERRES_ET_LES_SOLUTIONS_POUR_LES_%C3%89VITER>, do SlideShare <https://www.slideshare.net/Faga1939/anlise-do-pensamento-de-einstein-e-freud-sobre-as-causas-das-guerras-e-as-solues-para-evitlaspdf>, <https://www.slideshare.net/Faga1939/analysis-of-einstein-and-freuds-thought-on-the-causes-of-wars-and-the-solutions-to-avoid-thempdf>, e  <https://www.slideshare.net/Faga1939/analyse-de-la-pense-deinstein-et-de-freud-sur-les-causes-des-guerres-et-les-solutions-pour-les-viterpdf>, do WordPress <https://wordpress.com/post/blogdefalcoforado.com/3597>, <https://wordpress.com/post/blogdefalcoforado.com/3600> e <https://wordpress.com/post/blogdefalcoforado.com/3602>  e do Linkedin <https://www.linkedin.com/pulse/an%2525C3%2525A1lise-do-pensamento-de-einstein-e-freud-sobre-das-para-alcoforado%3FtrackingId=zzhMDOsE84LEeKY9JraKqw%253D%253D/?trackingId=zzhMDOsE84LEeKY9JraKqw%3D%3D>, <https://www.linkedin.com/pulse/analysis-einstein-freuds-thought-causes-wars-avoid-them-alcoforado%3FtrackingId=ZIgEyz%252BwUrzyzp4sSfKHng%253D%253D/?trackingId=ZIgEyz%2BwUrzyzp4sSfKHng%3D%3D> e <https://www.linkedin.com/pulse/analyse-de-la-pens%2525C3%2525A9e-deinstein-et-freud-sur-les-des-pour-alcoforado%3FtrackingId=lyWn9huiUUftjlffW%252F%252BiVw%253D%253D/?trackingId=lyWn9huiUUftjlffW%2F%2BiVw%3D%3D>.

* Fernando Alcoforado, 83, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017),  Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton, Florida, United States, 2022) e How to protect human beings from threats to their existence and avoid the extinction of humanity (Generis Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023).

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